Política
Júlio Cezar diz que compromisso da prefeitura é com o povo e anuncia primeiro secretário
Júlio Cezar da Silva (PSB) foi eleito para governar o município de Palmeira dos Índios com 23.786 votos, no último pleito do dia 2 de outubro. Ele tem 44 anos, é casado, pai de uma filha e até o dia 31 de dezembro é vereador do município, tendo sido o mais bem votado na eleição de 2012. Também disputou a cadeira para o governo do Estado, em 2012, e recebeu mais de 100 mil votos dos alagoanos.
Júlio vem de família simples, de pais feirantes, e concluiu o segundo grau em escola pública. Aos 15 anos já atuava como locutor nas rádios locais e aos 18 anos ingressou na Polícia Militar para ajudar no sustento da família, e também pagar a faculdade de Jornalismo. Foi a partir desse momento que o universo político passou a fazer parte de sua vida: foram 20 anos dedicados a assessorias de governadores alagoanos, o suficiente para que Júlio absorvesse a boa política e, com ela, tentar mudar a trajetória dos palmeirenses que sonham com uma vida mais digna e uma cidade melhor para todos.
TS – O senhor esperava ser eleito com uma votação tão expressiva como foi a desta última eleição?
Júlio Cézar (J.C.)- Não esperava. As pesquisas apontavam uma tendência de vitória, mas não com uma margem tão grande. A gente tinha adversários com um potencial muito grande de voto e com capacidade política muito forte, e respeitávamos sempre muito isso. A gente tinha pé no chão. Foi uma campanha franciscana, mas muito centrada, corpo a corpo, entrando na casa das pessoas, conversando com as pessoas. E graças a Deus prevaleceu a vontade da população e fomos eleitos com essa vantagem grande, graças a Deus.
TS- Qual será o seu primeiro ato como prefeito eleito?
J.C. – Nós temos uma série de medidas emergenciais a serem adotadas e todo começo de governo é necessário tomar algumas medidas, como enxugar e reduzir o tamanho da máquina, mas sem comprometer serviços importantes e essenciais para a população como saúde, educação, assistência, limpeza urbana e iluminação pública. Nós precisamos rever o tamanho da máquina sem comprometer esses serviços. Nós vamos reduzir o número de carros contratados, de cargos comissionados, renegociar contratos, convocar empesas que prestam serviços ao município para que elas possam renegociar o que a prefeitura paga a essas empresas todos os meses. Verificar dívidas, pedir prazos e conversar com esses credores para garantir o compromisso de pagar em dia o servidor. O primeiro compromisso do governo tem que ser com a população e com o servidor público e honrar o pagamento para que os servidores possam receber dentro do mês trabalhado.
TS – Como está sendo trabalhada a transição de governo?
J.C. – Quero parabenizar o trabalho de liderança, na transição, que vem fazendo o meu vice, o Dr. Márcio, junto com toda a equipe técnica, que têm se empenhado muito. E quero agradecer a contribuição do governo municipal do James pelas informações que tem encaminhado à nossa equipe. Na transição, costumo dizer, que a gente nunc atem o que a gente quer. Os governos que estão saindo nunca repassam aquilo que a gente espera. A transição está ocorrendo, graças a Deus, no sentido republicano, no sentido respeitoso, e aqui e ali tem algumas dificuldades. E quero aqui registrar o trabalho do dr. Márcio Guerra, que é um grande procurador, além de um amigo, e tem sido o interlocutor com a nossa equipe. Ele tem sido, dentro das condições, prestado um auxílio que tem nos servido para os relatórios que a gente vai ter acesso agora. Quero dar aqui, em primeira mão, que a equipe de transição passa para as minhas mãos, esta semana, os primeiros relatórios da transição, já diários, e a partir desses relatórios nós já vamos consolidar algumas medidas, que serão importantes para os primeiros passos do governo e também para o planejamento dos cem dias que nós já trabalhamos. No dia 30 nós vamos voltar a nos reunir com a equipe do governo para que a gente tenha as demais informações e ter um consolidado final do que se deve, do que se tem a pagar, do que fica de folha, do que fica de fornecedor. Temos conhecimento de que tem débitos de três milhões com a UPA, tem débito, que segundo a Hemodiálise, soma um milhão e meio de reais, e temos um processo de 24 milhões de reais de FGST que acumula e se arrasta de vários governos, na 5ª Região. Esse processo já é um pedido de execução e a procuradoria do município recorreu e recursou. Ainda não temos contabilizado o débito com servidores, que eu não sei ainda como ficará a folha, só a partir de janeiro, e débitos com fornecedores, que iremos receber a lista com o ‘restos a pagar’ e também o que vai ficar de saldo em conta bancária.
TS – O senhor já definiu o secretariado que vai compor o seu governo a partir de janeiro de 2017?
J.C. – Já. Já temos muitos nomes definidos e que já foram consolidados no primeiro escalão. Esses nomes atendem dois critérios: o técnico e o político. O técnico é porque está indo para a área que melhor desempenha e o político é porque uma campanha política se ganha com alianças, e quando você faz alianças, você faz compromissos. A política é feita de compromissos e nós vamos cumprir cada um deles. A gente honra os compromissos políticos, mas tenho dito a todos eles que tem um compromisso que é de todos, que é maior. Quem não der resultado não pode continuar. Não teremos problemas em fazer mudanças quando for necessário. O governo precisa dar respostas boas à população. A população está muito otimista, com uma expectativa muito boa de que essas respostas sejam dadas. Nós temos quatro anos e eu peço um pouco de calma, porque nós vamos dar um passo de cada vez. O compromisso da equipe, que eu peço, é com a população de Palmeira. Ninguém, absolutamente ninguém, está autorizado a fazer nada errado, nem em nome de si, nem em nome do prefeito e nem em nome do governo. Ninguém está autorizado a tirar proveito nem para si e nem para os outros, e muito menos para o governo ou para o prefeito. Queremos que os benefícios e qualquer proveito sejam dados à população de Palmeira, que foi quem nos colocou onde estamos e a quem devemos grande consideração e as respostas que ela espera. Vou adiantar em primeira mão, ao jornal Tribuna do Sertão, o nome de um desses secretários. O secretário da Fazenda Municipal, não gosto do nome Finanças, será o contador Onofre Raimundo. A escolha dele é técnica, pessoal do prefeito, pela capacidade do Onofre, por tudo que ele construiu, pela seriedade, pelo caráter, honestidade e pela minha confiança. Ele está autorizado a fazer mudanças. Precisamos modernizar a Fazenda Municipal, ser mais eficiente na arrecadação, no trato com as pessoas e no erário público. Cada centavo será importante para o nosso governo. Ele será um ‘leão de chácara’, o guardião do cofre. Os demais eu anuncio até o dia 30 para preservar essas pessoas e também concluir algumas pendências que temos com alguns grupos e que serão fechadas durante esta semana.
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