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Artesanato alagoano brilha em feira Brasil Original de São Paulo

27/10/2016
Artesanato alagoano brilha em feira Brasil Original de São Paulo
Evento reforçou o espaço de destaque que a produção artesanal alagoana vem ganhando, nacionalmente, vista sempre sob um olhar de avanço e junção entre o tradicional e o novo. Divulgação Sebrae

Evento reforçou o espaço de destaque que a produção artesanal alagoana vem ganhando, nacionalmente, vista sempre sob um olhar de avanço e junção entre o tradicional e o novo. Divulgação Sebrae

Rompem fronteiras. Vão alçar voos mais altos. Encantam diferentes públicos. Agora, são estas as certezas dos 17 artesãos alagoanos que comemoram a participação na 1ª edição da Feira de Artesanato Brasil Original, realizada em São Paulo pelo Sebrae em parceria com o Programa do Artesanato Brasileiro (PAB). A comercialização total dos produtos alcançou a marca de R$ 196 mil em vendas e 35 mil em encomendas.

Reunindo 320 expositores de todo o Brasil, de 20 a 23 de outubro, o evento reforçou, mais uma vez, o espaço de destaque que a produção artesanal alagoana vem ganhando, nacionalmente, vista sempre sob um olhar de avanço e junção entre o tradicional e o novo, o técnico e o estético.

O desenvolvimento é comprovado se compararmos os números da feira Brasil Original com a última participação dos artesãos na Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), em julho deste ano, em Recife. Na Fenarte, foram comercializados R$ 165 mil em peças, 31 mil a menos, em 10 dias de evento.

“Em São Paulo, eu vendi tudo! Levei 25 peças e não voltei com nenhuma. Acreditava que por ter uma duração menor que as outras feiras eu iria vender menos, mas me surpreendi. Além disso, muitas pessoas já chegavam me procurando, dizendo que já conheciam meu trabalho há anos. Isso me deixou muito feliz”, conta a artesã Nena.

Maria Eronildes Laurentino, a Nena, é uma das artistas da nova geração do artesanato em cerâmica do município de Capela. Discípula, cunhada e prima de João das Alagoas, ela começou a trabalhar com o mestre em 2005. Com o barro, Nena produz a mão o “boi vazado”, como ela intitulou, e dentro dele retrata, minuciosamente, as figuras que lembram o cotidiano do povo nordestino.

Desde a cerâmica à fibra da bananeira, transpassando o crochê, a madeira e a infinidade de bordados, a diversidade de tipologias é o que parece atrair o público. Com 10 municípios alagoanos participando do evento, as tipologias destaques foram o bordado filé, o bordado amor caseado, esculturas em madeira e a fibra de Taboa, que nas mãos dos profissionais artesãos ganham formas de objetos de decoração e acessórios. Apenas de bordados em filé foram comercializados R$ 58 mil em produtos, até o encerramento do evento.

Edital
A fim de promover a transparência no processo de seleção dos profissionais que integram o estande de Alagoas nos eventos, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) tornou público, em abril deste ano, o edital de seleção dos artesãos para a participação em feiras.

“Esse processo seletivo é fruto de uma solicitação do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), além de ser uma demanda já identificada pela Sedetur para promover transparência na escolha dos artesãos. Isso possibilita a descoberta de novos profissionais, ampliando as oportunidades de participação”, explicou a gerente de Design e Artesanato da Sedetur, Daniela Vasconcelos.

Com o edital, quatro profissionais participaram, pela primeira vez, de uma feira nacional através do PAB, sendo eles a artesã Maria Corá, com o artesanato em cerâmica; a marca Dona Zicota, com a produção em crochê; Tati Barros, que produz assessórios em linhas de inspiração indígena, e a Fibra Chã, com a fibra de bananeira oriunda do município de Atalaia.