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Iranianos e refugiados afegãos transformam discórdia em obras de arte.


O projeto da Acnur uniu artistas locais e mais de 60 voluntários do bairro de Saadi, em Shiraz, no Irã, para transformar e colorir os muros da comunidade. (Foto: Samar Maleki/Acnur/divulgação)
O bairro de Saadi, na cidade iraniana de Shiraz, uma das comunidades de refugiados mais pobres da região, conseguiu unir os refugiados afegãos e a comunidade local para colorir os muros e transformar o lugar. O projeto foi conduzido pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur), em parceria com o governo do Irã, e levou obras de arte aos muros da comunidade.
O bairro de Saadi, assim como outras regiões do Irã, recebe muitos refugiados do Afeganistão, o que gera conflitos e tensões sociais entre os cidadãos locais e os afegãos. As pichações nos muros, os problemas causados devido ao despejo inadequado do lixo e as más condições de saneamento básico completam o cenário de hostilidades e discórdia entre os moradores.
Para promover a cooperação entre a população, a Acnur e o governo iraniano reuniram artistas locais e mais de 60 voluntários da comunidade para desenvolver e implementar um projeto de transformação por meio da arte. O trabalho começou com o recolhimento do lixo e a transformação das mensagens de ódio, gravadas nos muros, em surpreendentes e coloridos painéis.
Segundo a Acnur, dois artistas – um iraniano e um afegão – e cinco estudantes de artes trabalharam com as crianças da comunidade para desenvolver o projeto e oferecer orientação artística durante uma semana de pintura. Um voluntário iraniano se ofereceu para pintar alguns rostos e um médico afegão ainda ofereceu avaliações gratuitas de saúde.
Com o passar dos dias, os moradores foram se envolvendo cada vez mais com o projeto. “Foi necessário comprar mais material quando os moradores, antes hesitantes, se empolgaram para participar do projeto e ver suas próprias paredes pintadas também”, disse Sharifi, um artista e designer afegão.
O Irã já acolheu quase 1 milhão de refugiados e a iniciativa da Acnur contribuiu para um relacionamento mais harmonioso e colaborativo entre iranianos e afegãos, amenizando questões de intolerância e preconceito.
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