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O amor ainda não morreu

07/07/2016
O amor ainda não morreu

Notícias desagradáveis são divulgadas frequentemente. Notícias sobre desastres, assassínios, aumentos de preços das mercadorias. Praticamente todos os dias ouve-se, pelo rádio e outros meios de comunicação, algo sobre a Operação Lava Jato.

Faz poucos dias, veio a notícia de que alguém que já foi ministro, está envolvido em desvio de recursos públicos e chegou a ser preso. Para Alagoas, vem a notícia de que a partir de 1º de julho a tarifa de água tem aumento de 16,5%. E o mês de julho já começou.

Que dizer das doenças espalhadas pelo mosquito que tem nome latino: Aedes Aegypti? E aí estão os nomes das doenças sofridas por muita gente: dengue, chikungunya e zika vírus.

Sem dúvida, “faltou” verba para que houvesse um combate efetivo aos mosquitos que se alegram com a chegada das chuvas.

Há tempos já se disse que o mundo é uma aldeia global. O que acontece com habitantes de outros continentes, devemos tomar conhecimento. Conforme o pensamento cristão, todos somos irmãos. É triste saber que o número de refugiados já passa de cem milhões.

Nem tudo está errado e há acontecimentos dignos dos mais salutares encômios. Como se sabe, o câncer tem apavorado muita gente, sobretudo os mais pobres. Em Arapiraca, 30 pessoas alugaram um prédio e conseguiram móveis, objetos e alimentos para os pobres que não têm condições de passar dois ou três dias na cidade. O prédio tem vaga para 16 pessoas entre pacientes e acompanhantes. Assim afirmou o jornal da capital: Gazeta de Alagoas: ”Uma lição de amor e solidariedade”.

Outro acontecimento que poderia ter fim trágico, teve final feliz. Conforme o já citado jornal, foi em Maceió. Indo do trabalho para sua casa, o senhor José Vieira passou nas proximidades de um depósito de lixo. Ouviu um som que poderia ser o choro de uma criança. Resolveu se aproximar, para tirar sua dúvida. Eis que havia um cachorro morto que estava, no momento, servindo de banquete para urubus. E bem perto, dentro de uma caixa de papelão, saía um choro, pois dentro da caixa estava uma criança recém – nascida.

O corpo da criança estava cheio de formigas. José Vieira comoveu-se ante tal estado de desprezo à recém- nascida e levou-a para sua casa. Vanessa, esposa do trabalhador, fez a devida limpeza naquele ser completamente indefeso. O casal levou a criança para o Hospital Geral do Estado. Ainda mais: o casal desejou ficar com a criança, apesar de já terem três filhos, mas respeitou humildemente a lista dos que já estavam no cadastro de adoção.

E para quem tem o coração com ternura para as criancinhas, é bom refletir sobre a que se falou sobre essas criaturinhas. Disse Tagore: “Cada criança, ao nascer, nos traz a mensagem de que Deus não perdeu ainda a esperança nos homens”. Disse Novalis: “A criança é o amor feito visível”.

O Divino Mestre disse: “Deixai vir a mim as criancinhas. Não as proibais porque delas é o Reino dos Céus”. Enfim, quando se tem notícia de que ainda há quem ame a criança e quem se preocupa com doentes pobres, pode-se dizer que ainda não morreu o amor na face da terra.