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Mais de 80% dos agricultores familiares de Alagoas conseguiram renegociar suas dívidas

Mais de 80% dos agricultores familiares de Alagoas conseguiram realizar a renegociação da dívida do Programa Nacional do Crédito Fundiário (PNCF). O número corresponde a 670 famílias que pediram o parcelamento da dívida em todo o Estado. O prazo para os agricultores darem entrada na renegociação das parcelas em aberto foi encerrado no dia 30 de junho.

Com a renegociação de suas dívidas, agricultores permanecem no campo produzindo seus alimentos e garantindo sua fonte de renda
Durante mais de três meses, o Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) percorreu todo o Estado para orientar agricultores e membros de associações rurais sobre como dar entrada no processo de renegociação de débitos nas instituições financeiras, com base na resolução expedida pelo Banco Central do Brasil, em dezembro de 2015, e divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Para o gerente do Programa Nacional do Crédito Fundiário em Alagoas, Severino de Melo Araújo, os números surpreenderam. “O resultado foi muito maior do que esperávamos e estamos muitos felizes, porque é fruto de um trabalho árduo que o Iteral realizava desde o mês de março, para que os agricultores conseguissem renegociar suas dívidas”.
O Instituto de Terras foi a todas as regiões de Alagoas durante os meses de março, abril e maio, convocou representantes dos bancos para as reuniões, para orientar os agricultores sobre os documentos necessários para a renegociação.
Dona Josefa Soares da Silva Vieira, do assentamento Alto da Felicidade, no município de Senador Rui Palmeira, Sertão de Alagoas, não via a hora de renegociar as parcelas em aberto do PNCF.
“Estávamos lutando há muito tempo por essa renegociação porque, com a estiagem na região, ficamos sem condições de pagar. Agora, teremos tempo para produzir e conseguir pagar direitinho. Está chovendo, então dá para plantar o milho e o feijão e aguardar para colher e vender”, disse a agricultora.
O diretor-presidente do Iteral, Jaime Silva, disse estar satisfeito. “A renegociação veio como uma excelente oportunidade para as famílias endividadas. Com as parcelas em dia, os agricultores permanecem nos assentamentos produzindo seus alimentos e sua fonte de renda, que é a finalidade maior do programa de reforma agrária. Além disso, eles têm acesso a linhas de crédito nos bancos para continuar investido em seus lotes”, disse Jaime Silva.
O Banco do Nordeste (BNB) recebeu 25 propostas de associações rurais e o Banco do Brasil (BB), 13 propostas. No último dia do prazo, técnicos do Iteral trabalharam até o início da noite para atender os agricultores. As instituições financeiras têm até o dia 31 de dezembro para lavrar os contratos das associações rurais que solicitaram a renegociação da dívida.
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