Política
Palmeira: bastidor eleitoral esquentou neste São João
Palmeira dos Índios é o município do interior de Alagoas que a essa altura do campeonato mais possui acirramento e indefinições na disputa eleitoral.
Sete nomes tentam a todo custo emplacar suas candidaturas nas convenções, porém pelo andar da carruagem dois destes já estão fora do páreo como candidatos a prefeito, Adalberon Sá (Rede) e Luiz Lobo (PSL) – porque não conseguiram agregar adesões a suas propostas. O primeiro ao consultar uma pesquisa para consumo interno enxergou que não daria para entrar na disputa porque padecia de intimidade com o eleitorado. Já a Lobo falta o comando do partido que deve se aliar a Rodrigo Gaia (PR) e indicar a professora Alcineide Nascimento como vice.
Consultados pela reportagem os pré-candidatos afirmaram que já estão em entendimentos finais com os partidos para as possíveis alianças.
O vereador Júlio Cezar (PSB) disse que vários partidos estão lhe apoiando. Mas por questão estratégica não quis adiantar quais siglas eram essas, porém sabe-se que além do seu PSB, o PSC e o PP do senador Benedito de Lira são os únicos confirmados até agora.
Cezar disse ainda que em breve (uma semana) já anunciará o nome do seu candidato a vice-prefeito não querendo declinar o nome de seu futuro companheiro de chapa, mas pelo que deixou perceber o nome sairia de dentro de seus apoiadores e os mais cotados seriam Luciano Monteiro (PHS), Manuela Barbosa (PSC) e Cesar Fonseca (PSL), descartando os nomes do PPS e Rede que se posicionaram para escolher os candidatos à majoritária através de um resultado de pesquisa, o que não obteve êxito.
O pessebista que se lançou primeiro na ‘arena eleitoral’ fez também severas críticas ao PT e a seus apoiadores e ao governo municipal.
A médica Verônica Medeiros (PMDB), pré-candidata do PMDB, afirmou que ainda está fazendo as articulações e que as alianças só serão definidas a partir de 20 de julho quando se iniciarão as convenções.
Mas o PMDB já agrega em seu palanque o PDT de Gileninho Sampaio e o PTdoB de Francisco de França e poderá anunciar dentre mais alguns dias outras legendas e com algumas surpresas. O vice de Verônica só será anunciado nas convenções.
O pré candidato Rodrigo Gaia (PR) afirmou que conta em seu palanque com PSDB, PSD, PTB e DEM. Rodrigo também adiantou que o seu vice poderá sair de três nomes: a professora e empresária de educação Alcineide Nascimento (PSL), o empresário José Leão (PSD) e o presidente da Câmara Salomão Torres (PSDB).
Sheila Duarte (PT) reforça sua candidatura e diz que vai pra luta com vontade e não vai retroceder. A petista tenta agregar a seu palanque o PMN e o PEN, porém esses partidos também estão sendo “cantados” por outros candidatos.
Sheila disse à reportagem que foi convidada por Renan Filho para fazer uma composição em Palmeira dos Índios com o PMDB, lhe oferecendo a vice-prefeitura, mas respondeu ao governador que por enquanto manteria sua candidatura a prefeita, não fechando totalmente as portas para uma eventual composição.
Na oposição, Flávio Targino (PRTB) conta com o PTC e PRP, já que outros integrantes do G8 estão “livres” em Palmeira dos Índios para formar alianças diferentes.
Flávio afirma que vai até o fim com seu propósito e esta semana já inicia o fechamento da chapa proporcional que conta com 42 candidatos a vereador.
Com uma mensagem simples, de maneira humilde, Targino mantém boa posição entre os concorrentes podendo se tornar uma surpresa no pleito.
Luiz Lobo (PSL) apesar de afirmar ser prematuro falar sobre alianças partidárias deverá ficar a ver navios, e não ser candidato pois os bastidores dão como certa a aliança de seu partido com Rodrigo Gaia (PR), indicando o nome da professora Alcineide Nascimento como vice ou até mesmo de seu marido, Junior Miranda, ex-secretário de educação no governo Cordeiro, como substituto de Rodrigo, caso ele não consiga bons índices nas pesquisas até a convenção.
Adalberon Sá (Rede) tentou organizar uma proposta de união para os nomes que ele considerava oposição como Julio Cezar (PSB), Sheila (PT) e Márcio Henrique (PPS), mas não deu certo.
Segundo informações chegadas à redação, para Adalberon Sá quem estivesse melhor numa pesquisa seria o candidato a prefeito e o segundo melhor, o vice. Porém, só o vereador Márcio Henrique (PPS) aceitou essa proposta. Júlio Cézar que integrava o grupo, sem mais delongas, preferiu seguir caminho próprio, sendo candidato de seu partido, afirmando ainda após a escolha do vice “em breve” que as portas estarão abertas para quem quiser segui-lo.
Golpes e contra golpes
A eleição que corria tranquila já mostrou que esquentou neste período junino. Antes mesmo do round eleitoral iniciar pra valer a vereadora Sheila Duarte (PT) e o vereador Julio Cezar andaram trocando jabs.
Para uns, a atitude talvez tenha sido uma maneira combinada dos pré-candidatos polarizarem as atenções, mas ouvidos pela reportagem os golpes e contra-golpes dos contendores foram pra valer.
Sheila é pragmática e disse que não apoia Julio Cezar porque vê nele “oportunismo eleitoral”, já o vereador pessebista dissidente afirma que o PT é um partido de corruptos.
Anuncio de vice de Cezar gerou mal estar
Após a informação dada pelo jornalista Roberto Gonçalves de que o vereador Julio Cezar, pré-candidato a prefeito pelo PSB estaria escolhendo o vice entre três nomes, o pessebista refutou a informação rejeitando o nome de Luciano Monteiro (PHS), descartando a possibilidade do “pupilo de Carimbão” ser seu companheiro de chapa numa mensagem no facebook em forma de Nota Oficial.
“Também não procede que eu tenha feito o convite para tal ao presidente da Carpil, Luciano Monteiro, aliás nunca tratamos disso, embora tenha profundo respeito e reconhecimento ao trabalho dele que inegavelmente é um líder na área rural.
Atribuo tais informações as futricas políticas que alimentam ilações e fofocas sem pé ou cabeça.
No grupo de oposição temos outras opções, grandes quadros, inclusive com grande potencial e densidade eleitoral que serão discutidas exaustivamente num processo democrático e participativo”, disse Julio Cezar
O estranho é que o jornalista Roberto Gonçalves citou mais dois nomes (Manuela Barbosa e César Fonseca) na matéria que revelava as possibilidades de composição de chapa que não foram rejeitados ou descartados por Julio Cézar.
Deputado quer participar
O deputado Francisco Tenório (PMN) que ameaçou uma candidatura a prefeito desistiu da empreitada mas quer que seu grupo influa decisivamente na eleição. Para isso formou um grupo de candidatos a vereador e quer indicar o vice em uma das chapas: o nome seria do advogado Ricardo Vitório que é o cicerone do deputado em suas andanças em Palmeira dos Índios.
Vitório já foi vice-prefeito de Helenildo Ribeiro (1983 a 1988) e Secretário de Administração na gestão de Albérico Cordeiro (2001-2002)
Proporcionais não influem
Diferentemente de eleições passadas onde os candidatos a vereador pesavam na hora de fechar alianças, neste pleito esses candidatos ficaram relegados a segundo plano, onde as dermaches políticas são realizadas conforme as vontades dos candidatos majoritários.
Antes fechava-se as alianças começando pela base; hoje é pela “cabeça” da chapa.
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