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Menino japonês deixado na floresta diz que perdoa o pai
O menino japonês de 7 anos que sobreviveu sozinho em uma floresta disse que perdoa o pai por tê-lo abandonado como castigo, descrevendo-o como “um bom pai”. Yamato Tanooka perdeu dois quilos durante os seis dias que permaneceu na mata e percorreu cerca de dez quilômetros até localizar a instalação militar na qual se refugiou. Quando foi encontrado, a criança tinha ferimentos leves e sofria de desidratação.
O pai do garoto, criticado no Japão pela dureza do castigo imposto à criança, se desculpou com o filho assim que lhe encontrou. “Eu disse para ele, ‘Papai fez você passar por um momento difícil. Sinto muito'”, contou Takayuki Tanooka em uma entrevista à rede de televisão TBS. “Então, meu filho respondeu, ‘Você é um bom pai. Eu te perdoo'”, descreveu, esforçando-se para conter as lágrimas.
A criança foi levada de helicóptero ao hospital de Hakodate, na região de Hokkaido, após ser encontrada na sexta-feira (3) e deve receber alta médica na próxima terça-feira, informou a agência japonesa Kyodo. Durante os dias que passou completamente sozinho na floresta povoada por ursos e onde a temperatura chega a até 5 graus, Yamato não comeu, mas pôde beber água porque o refúgio contava com uma torneira. Para se manter aquecido, ele dormiu entre dois colchões que estavam na cabana.
Os pais de Yamato podem enfrentar processo na Justiça por abuso psicológico, de acordo com a imprensa japonesa. Segundo o jornal local Sankei Shimbum, o menino admitiu que “estava errado, porque não ouvi o que meu pai estava dizendo”. Yamato tentou procurar os pais no momento em que foi abandonado, mas teria perdido o senso de direção e caminhado na direção contrária. “Eu tentei mostrar para ele que posso ser assustador quando estou realmente bravo”, explicou Takayuki ao Sankei Shimbum.
A cabana onde o garoto ficou abrigado estava a quase 5 km da estrada, mas o caminho sinuoso e as montanhas que Yamato percorreu teriam aumentado a distância para cerca de 10 km. “Considerando a força física e a mentalidade de uma criança, não imaginávamos que ele iria seguir para o topo dos morros ou para longe da estrada principal”, disse um bombeiro envolvido no caso à agência Kyoto.
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