(Foto: Assessoria)

Os usuários do mercado brasileiro de seguros estão perto de conhecer a sua mais nova seguradora: a Ciclo. Fruto de uma consolidada parceria entre empresas do setor funerário e a Icatu Seguros essa movimentação mirou uma fatia de mercado que cresce exponencialmente e envolve diretamente cerca de 5 milhões de usuários de planos assistenciais funerários espalhados por 11 estados brasileiros. A construção iniciada em julho do ano passado caminha a passos rápidos e quer aparecer no mercado já no início do próximo ano. E Alagoas está presente nesse novo investimento.

Segundo explicou o empresário Sérgio Craveiro, representante do Grupo Previda na direção da Ciclo, a nova seguradora planeja ingressar no mercado com um capital de R$ 18 milhões – valor acima do que exige as leis que regulamentam os seguros no país, dividido entre a G36 Participações e a Icatu. Ele explicou detalhadamente o surgimento do bloco que hoje é formado por 15 Planos Assistenciais, compondo 6 Holdings, alguns com tradição de quase um século de atuação. Elas têm uma característica que chama atenção: não estão estabelecidas nas maiores capitais e tem forte presença no Interior e no Nordeste. “O número de vidas é muito significativo”, analisou, com a experiência de quem lidera o setor em Alagoas.

A maioria das empresas da G36 tem origem familiar, com diferentes portes e níveis de governança que resolveram agora expandir seus negócios com uma área que tem similaridade com a venda de planos assistenciais e funerários. “Foi uma antecipação ao mercado especialmente relacionados aos produtos de Vida e Previdência. Observamos os movimentos dos cenários e percebemos que tínhamos em mão algo que o setor bancário não tem: a capilaridade na periferia e a credibilidade que é fundamental para o sucesso de qualquer bom negócio”, explicou, elogiando a fidelidade de alguns clientes com mais de dez anos no Previda.

EXPANSÃO – Sérgio Craveiros avaliou que a Ciclo já sabe que tem potencial para avançar até mesmo em outras áreas e passar a distribuir também outros tipos de produtos como o seguro residencial, acidentes pessoais, odontológico e saúde, por exemplo. Com uma imensa rede de distribuição já estabelecida, fruto da tradição no mercado funerário, o custo de comercialização então passa a ser pequeno. Os canais de venda serão bem variados, entre eles as próprias lojas dos planos existentes e suas funerárias, o porta a porta, os estabelecimentos parceiros e uma forte presença no call center.

Conhecedores do mercado, conforme explicou o próprio Sérgio Craveiro, a expectativa é gerar um faturamento na casa dos R$ 70 milhões anuais. “Por enquanto, a Ciclo já tem uma marca e hoje trabalha com a formulação do seu plano de negócio, desenvolvido com segurança para as partes e a transparência requerida pelo mercado”, observou, pontuando as constantes viagens que tem feito para reunir-se na sede da Icatu, no Rio de Janeiro, onde também tem funcionado a Ciclo.

Para o início do negócio serão ofertadas apólices que já estão no portfólio da Icatu, escolhida por ser especialista em seguros de pessoas e pelas parcerias bem sucedidas em vários segmentos, além do fato de ser uma empresa 100% nacional. Com a consolidação do empreendimento, a Ciclo funcionará de forma independente, inclusive na criação de seguros específicos. “Aguardamos agora apenas a regulamentação da lei já aprovada que determina as regras para o mercado de planos assistenciais, mas acreditamos que a vinculação das funerárias dos mais diferentes tamanhos ao portfólio dos produtos da Ciclo será uma saída atrativa para quem quiser permanecer competitivo no setor”, concluiu o empresário.