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Designers e artistas populares da Ilha do Ferro se unem pela arte

09/05/2016
Designers e artistas populares da Ilha do Ferro se unem pela arte
Obras aliam conceitos contemporâneos de design à tradição da arte popular alagoana (Foto: Clau Soares)

Obras aliam conceitos contemporâneos de design à tradição da arte popular alagoana (Foto: Clau Soares)

Quatro designers. Quatro artistas. Uma missão. Este é o resumo da empreitada realizada na Ilha do Ferro, às margens do rio São Francisco, no município de Pão de Açúcar, de quarta-feira (4) a sábado (7), para a confecção de obras que aliam conceitos contemporâneos de design à tradição da arte popular alagoana. Intitulado Projeto Design Armorial no Rio São Francisco, Afluentes, a ação visa dar mais visibilidade à arte popular local.

 

Os designers Rodrigo Almeida (SP), Rodrigo Ambrósio (AL), Maria Amélia Vieira (AL) e Dalton Costa (GO) uniram-se aos artistas alagoanos Zé Crente, Valmir, Petrônio e Jasson para construir produtos que serão expostos, em agosto, na Semana de Design, em São Paulo.  Cadeiras, bancos, mesa, luminárias e vasos foram produzidos em apenas quatro dias de trabalho intenso.

Esta foi a primeira vez que o projeto foi realizado em Alagoas. Durante a imersão, os designers puderam conhecer um pouco mais da cultura da Ilha do Ferro e da rotina dos artesãos. “É uma região muito antiga que tem um ar de Brasil que não se vê em todo lugar. A nossa ideia é transpor isso para uma linguagem de design”, explicou o designer Rodrigo Almeida, idealizador do projeto.

 

Os artesãos participantes, reconhecidos nacionalmente por suas peças talhadas em madeira típica da caatinga ribeirinha, ficaram orgulhosos de participar do projeto Afluentes. “Quanto mais a gente participa, mais a gente aprende. Os meninos (designers) são muito bons. Parceria ótima”, avaliou o escultor Jasson, que trabalhou com Dalton Costa.

O projeto tem o apoio da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), do Governo do Estado de Alagoas e da Galeria Karandash.  “O foco é destacar o povoado e a arte alagoana, levantando a autoestima dos artistas ribeirinhos”, afirmou o reitor da Uneal, Jairo Campos, que também coordena o Núcleo de Pesquisa em Literatura e Artes Visuais (Nuplav), um dos viabilizadores das oficinas, durante os quatro dias de imersão.