Brasil
No Brasil, 1,1 milhão de mulheres têm nomes masculinos italianos
A página publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada com dados relativos ao Censo Demográfico de 2010 revela uma série de curiosidades sobre a forma como são chamados os cidadãos do país, inclusive que, no Brasil, 1.134.340 mulheres têm nomes que são masculinos em italiano.
É inegável que as palavras podem ganhar significados completamente novos quando atravessam as fronteiras de sua nação de origem, mas é curioso notar como algumas das alcunhas de homem mais populares da Itália passaram a ser usadas para designar pessoas do sexo feminino no gigante sul-americano.
É o caso de Simone, nome tipicamente italiano que está no RG de 339.535 mulheres brasileiras, ou 0,19% da população feminina do país. A lista ainda conta com Daniele (251.469, 0,14%), Michele (200.531, 0,11%), Andrea (174.949, 0,10%), Gabriele (122.545, 0,07%) e Emanuele (37.734, 0,02%).
Há também outros menos usados, como Elia, nome de 7.262 mulheres brasileiras, e Samuele, de 72. Ambos não chegam a 0,01% da população feminina do Brasil. No entanto, alguns pais preferiram manter a tradição italiana e batizar filhos do sexo masculino com essas alcunhas – em número muito menor, é verdade.
Dentre elas, o mais popular é Gabriele: 2.203 homens brasileiros responderão se forem chamados assim. Em seguida, aparecem Daniele (2.052), Michele (1.472), Andrea (1.145), Simone (964), Elia (797) e Emanuele (455). Dos citados nos parágrafos acima, apenas Samuele não aparece nos registros do IBGE como nome masculino.
Existem dois casos em que a forma original prevalece em relação à adaptação brasileira: 2.903 homens do Brasil foram registrados como Nicola, contra 209 mulheres, e 134 receberam o nome de Raffaele, contra somente 34 cidadãs – neste caso, foi considerada apenas a grafia tradicional, com “f” duplo.
Simone (23º), Daniele (31º), Michele (28º), Andrea (4º), Gabriele (8º), Emanuele (29º), Elia (46º), Samuele (17º), Nicola (42º) e Raffaele (50º): todos estes nomes estão entre os 50 mais usados na Itália em 2014 para batizar meninos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (Istat) do país.
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