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Agricultura falida
Os estudiosos do sertão, notadamente, os de Alagoas, “os setólogos”, dizem que essa área de abrangência corresponde a 8.633,10 km2, constituída de 26 municípios com uma população superior a quase 432.667 habitantes, possuindo 50,12 no quesito densidade demográfica (IBGE/2010), possivelmente esses dados já estejam alterados, mas mesmo estando já é o suficiente para sofrer as agruras que decorrem das intempéries de uma região centrada na agricultura e pecuária, simplesmente agropecuária uma região essencialmente agrícola. E em sua história vem registrando uma seca sem precedente desde os anos 2012, 2013,2014,2015 e agora já se prenuncia o quinteto dos anos secos em séries, o que é deveras lamentável, percebe-se que o entorno Maceió, as chuvas são frequentes, dada a influência do mar, porém quando se ultrapassa São Miguel dos Campos, sente-se imediato os efeitos da seca e à medida que se avança sertão a dentro, a forte incidência da seca vai aumentando assustadoramente, mormente onde a agricultura começa a tomar espaço, a reuva que nasceu pujante está avermelhada secando dada a escassez da água não existindo o suficiente sequer para o consumo humano, a agricultura como suporte vivo dessa região está vivenciando o inicio de mais uma seca.
Sabe-se, entretanto que, a agricultura foi a primeira atividade do homem na face da terra, pois é o celeiro sustentável e alimentício de todos os povos, mas infelizmente, os incentivos para essa área tão importante e indispensável para a humanidade, não tem merecido a atenção devida pelos poderes maiores, mormente, o sertão das Alagoas, terra das 33 lagoas, mas que tanto se ressente da água, das chuvas necessárias para geração de alimentos indispensáveis na vida humana. Os sacrifícios para os sertanejos são iminentes, o pensador Cícero (106 a.C. 43 d.C.) escreveu: “quanto mais dificuldades, maior será a felicidade”, Oxalá que fosse assim…
Onde anda a Ancar, que a Emater engoliu? E a Sudene, que desapareceu, ninguém sabe ninguém viu? E quem veio depois a nenhum substituiu e enquanto isto, a agricultura está falida, ela que já foi a fina flor dos campos, hoje amarga uma decaída e sem perspectiva de dar ao homem sua assistência.
E o que se fazer diante deste quadro tão amargo, onde nada se vislumbra? Não obstante para àqueles que enfrentam a existência no êito para que no final, aposentar-se com um magro e desgastado salário mínimo, como um dos menores salários do mundo. É momento de reflexão, se de um lado a seca castiga impiedosamente, do outro as leis mal fadadas dos homens não oferecem nenhum respaldo ou segurança para o homem e ainda se alardeia que o cidadão está mudando de vida, e mudou mesmo, mas para pior, onde se ver que as bolsas concedidas pelo governo não correspondem sequer um salário mínimo e como se muda de vida com tão pouco? Isto não passa de uma mera e deslavada utopia A bacia leiteira de Alagoas, outrora órgão representativo da região vem ao longo dessa seca implacável sofrendo os maiores reveses de sua história, sem o incentivo dos governos para alavancar seu desenvolvimento.
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