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Artesã do Produzir Juntos é destaque em colegiado nacional de artesanato por Alagoas
Alagoas é o Estado que mais tem representantes no colegiado nacional de artesanato. Quatro ao todo. Elas, que tomam posse em abril, pertencem ao grupo Artesãs Criativas, empreendimento de economia solidária inserido no projeto Produzir Junto da Secretaria de Estado do Trabalho e Emprego (Sete).
Entre as artesãs está Vânia Oliveira, a única a ter assento titular no Conselho Nacional de Políticas Culturais. Ela leva as demandas do segmento para serem discutidas no fórum e cobra as políticas públicas necessárias ao artesanato nacional.
“Além da revisão do plano nacional do artesanato que está sendo publicado em breve, temos uma discussão importante sobre pontos de comercialização que é a grande dificuldade do artesão na atualidade”, afirmou Vânia.
Por seu destaque no artesanato alagoano, ela foi convidada a fazer um chapéu de guerreiro que está presente na nova novela Velho Chico das 21h da Rede Globo. A peça é elemento de cena de um bar, cujo dono é Chico Criatura, personagem vivido pelo ator Gesio Amadeo.
“Esse reconhecimento é fruto de muitos anos de trabalho e dedicação à cultura popular e em especial ao artesanato de Alagoas. É muito bacana a gente ser reconhecida através da nossa arte, seja por meio da simples admiração de um cliente ou de uma exposição em grande escala como essa quando a novela começar”, disse.
História
Na juventude, Vânia jogou na primeira seleção alagoana de basquete. Depois que casou a necessidade a obrigou a fazer a lembrancinha da primeira filha. Foi aí que descobriu o jeito para a arte. Essa brincadeira já dura 32 anos.
Fez o curso de pedagogia para poder ter metodologia. Atualmente dá capacitação para os professores da rede estadual e municipal. É uma das fundadoras da Associação das Artesãs Criativas.
Em 2012, ela recebeu o titulo de mestra artesã pela comunidade que trabalhava. O Estado, por sua vez, a reconheceu como patrimônio vivo da cultura alagoana, por transferir os ofícios e saberes do artesanato alagoano.
A mestra cria sua arte com elementos de fibra da tabôia fazendo trançado, escultura da argila e espuma, papietagem ou colagem em papel, madeira, papelão, reciclado e aproveitamento do lixo. Todos com referencia na cultura popular.
“É preciso repassar o saber e trabalhar em grupo. A gente não ensina ninguém a ser artista, desperta o artista que tem dentro de cada um”, ensina Vânia.
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