Geral

Brasileiro é o campeonato com menos estrangeiros no mundo

20/02/2016
Brasileiro é o campeonato com menos estrangeiros no mundo
[Foto: ESPN.com.br] Segundo estudo, Brasileirão é o campeonato com menos estrangeiros

[Foto: ESPN.com.br] Segundo estudo, Brasileirão é o campeonato com menos estrangeiros

Nos últimos anos, a chegada de jogadores de outros países para o Campeonato Brasileiro tem sido cada vez mais constante e frequente. No entanto, mesmo com o crescimento do número de atletas oriundos do exterior, o Brasil mantém o posto de país com o menor número de jogadores estrangeiros no mundo.

De acordo com um estudo publicado pelo Football Observatory, feito em 37 ligas ao redor do planeta, o Campeonato Brasileiro é o torneio com menos jogadores estrangeiros: 6,1% dos atletas que jogam por aqui não nasceram em território brasileiro.

A segunda liga com menos ‘gringos’ atuando é o Uruguai. O país tem 6,4% de jogadores não uruguaios atuando em território celeste. Já a liga com o maior número de jogadores estrangeiros é a Premier League. Por lá, 66,4% dos atletas não são oriundos do país local.

O estudo ainda traz um levantamento categorizado por continentes. Com 48,5%, os Estados Unidos ficaram em primeiro como a região com o maior número de atletas estrangeiros. A Europa vem em segundo lugar com 47,7%. Em terceiro, aparece a Ásia, com 17,9%. A América Latina ocupa o último lugar com 13,6%.

Os EUA aparecem como líder no ranking pois a liga canadense não foi contabilizada no levantamento da América do Norte. A Oceania também não esteve presente. O estudo ainda traz que, no mundo todo, 26,6% dos jogadores não nasceram nos países que jogam.

No Velho Continente, a Inglaterra lidera, já que também é o país do mundo com mais ‘gringos’. Em seguida, aparecem Bélgica, com 59,1%, Itália, com 57,9%, Turquia, 57,4%, Portugal, 55,6%, Alemanha, 50,1%, Suíça, 47,8%, Rússia, 43%, Espanha, 41,6%, Holanda, 35,5%, França, 33,9% e por último a Ucrânia, com 20,1%

Na Ásia, o Catar é o país que mais recebe jogadores estrangeiros: são 36,6%. Na sequência, aparece a Austrália, com 30,6%, China, com 22,1%, Tailândia, 21%, Arábia Saudita, 19,4%, Emirados Árabes, 18,2%, Iraque, 18%, Japão, 14,6%, Vietnã, 12%, Coreia do Sul, 11,9%, Irã, 9,1% e Uzbequistão, 8,6%.

Já na América Latina, o México figura como aquele que mais recebe atletas de outros países, com 34,1%. Depois vem Chile, com 26,4%, Bolívia, 25%, Peru, 19,7%, Equador, 13,8%, Paraguai, 9,6%, Argentina, 9,5%, Colômbia, 9%, Costa Rica, 8%, Venezuela, 7,9%, Uruguai, 6,4% e por fim o Brasil, com 6,1%.

Os números apresentados trazem dados curiosos. A maior quantidade de estrangeiros ao redor do mundo é de jogadores que atuam no ataque, são 34,9%. Os meio-campistas representam 25,2%, os defensores são 24,1%, enquanto que os goleiros representam 20,5% dos atletas.

Considerando a idade, os jogadores estrangeiros com mais de 28 anos predominam, somando 33,8%. Os atletas entre 25 e 28 anos representam 32,4% e os entre 21 e 24 anos somam 23,7%. Já os jovens com menos de 21 anos tem a menor porcentagem, totalizando 13,2%.

Por fim, o levantamento ainda revela uma evolução histórica da porcentagem de estrangeiros nas cinco maiores ligas europeias nos últimos 30 anos. Em 1985/86 eram 9,1% de estrangeiros no continente. Em 1995/96, com a Lei Bosman, o número saltou de 18,6% para 35,6% em dez anos, e hoje, 2016, está em 46,7%.