Variedades
Ele não fazia sexo oral. Ela deu o fora
Carolina S., de 22 anos, conheceu um cara no Tinder (aquele aplicativo de paquera). Marcaram um encontro, que acabou em sexo. “Fiz um oral nele e nada de retribuição”, conta. “Simplesmente ficou lá, feito um poste, e não pedi porque espero que o homem tome a iniciativa”. Saiu com uma horrível primeira impressão. Será que é tímido, preguiçoso, egoísta? Dias depois, veio uma mensagem no celular – era o cidadão querendo marcar a segunda transa. Sem rodeios, ela pergunta se desta vez também vai ganhar oral. “Vou ser sincero e dizer que não curto”, ele responde. Ao que Carolina digita: “Então vou ser sincera e dizer que comigo não rola”.
Deveríamos submeter a pessoa a um teste ANTES de ir pra cama com ela. Bastaria oferecer uma manga e aguardar a reação. Se chupar a fruta e ficar com fiapo nos dentes, faça sexo. Se pedir talheres… Mas, como o mundo não é ideal, você só vai descobrir na hora quem cai de boca ou dispensa a sua ~suculência~. Carolina não deu o fora numa “aberração da natureza”, não. Segundo uma pesquisa com mais de 1.200 homens entre 18 e 30 anos, 43% se sentem incomodados em fazer sexo oral nas mulheres. Mesmo considerando que o tal levantamento de 2014 foi realizado por uma marca de lencinhos umedecidos – interessadíssima em nos dizer que pepekas sempre fedem -, achei o índice muito alto. Com o que exatamente eles se incomodam? Por que preferem economizar a saliva e os músculos labiais? Só consegui pensar nesses três motivos…
1. Nojo
Não faltam artigos científicos para provar que a boca humana tem muito mais bactérias que uma vagina. Sendo assim, a pepeka da moça é que deveria ter nojo de receber uma linguada. Não o inverso. Pouca coisa é tão brochante no sexo quanto uma carinha de “nhé, credo” diante da ~genitália~ alheia. Como você se sentiria se pegassem no seu pau como uma pinça, segurando-o por dois dedinhos? Se tampassem o nariz para lambê-lo? Pois é.
a) “Vaginas são feias”
Primeiro: vocês já olharam, beeeem de perto, o próprio saco? Segundo: a indústria pornô criou todo um padrão estético para pênis e vaginas. Não à toa os homens se preocupam horrores com o tamanho do pimpolho, né. Às mulheres disseram que pepekas bonitas são rosas, 100% depiladas, com lábios simétricos e discretos – e ficamos tão neuróticas com isso que o Brasil é campeão mundial em vulvoplastia, a cirurgia plástica da vulva. Não gosta de olhar, amigo? Fecha ozóio e se joga no escuro mesmo. Sua luz interior há de lhe guiar! Poxa, muitas de nós se esforçam inclusive nos modelos de pintos desproporcionais, tortos, multicoloridos etc.
b) “Vaginas são fedidas”
A não ser que essa mulher tenha algum corrimento/DST/infecção ou esteja suada, não confunda ODOR com FEDOR. Acabei de dizer a mesma coisa para as 620 participantes de uma pesquisa sobre receber sexo oral (11% delas não curtem receber). Nossa anatomia é voltada para dentro, realmente um lugar úmido e abafado. Nada que a higiene básica não resolva. Pau também não vem com um dispositivo acoplado para liberar aroma de lavanda, ok? São cheiros naturais e característicos.
c) “Vaginas têm gosto ruim”
Sei, gourmets. E querem que a parceira engula sua ejaculação? Por que você não tenta gozar num copo e beber? Garanto que é muito pior que a lubrificação ralinha liberada pela vagina. Se o gosto realmente incomoda assim, basta usar uma bala de menta ou um desses géis eróticos com sabor enquanto faz o oral nela.
2. Preguiça
A fisiologia feminina é diferente da masculina: no geral, nosso corpo precisa de mais estímulos para ficar com vontade de transar, demora mais para manifestar essa excitação (no caso, com a lubrificação) e para chegar ao orgasmo. O fato de você, por exemplo, conseguir gozar com um minuto de sexo oral não significa que esse tempo é suficiente para ela. Fica entediado e com cãibra de tentar até que ela grite de prazer? Pena, mas já vale como uma boa preliminar. Lembre-se da máxima “servir bem para servir sempre”. Aposto que não rola preguiça nem cansaço de ficar uma hora no modo britadeira, botando e tirando e botando e tirando e botando e tirando dela…
3. Egoísmo
Se você é do tipo “venha a mim a vossa boca”, sem cogitar uma retribuição, talvez goste de saber que o mercado erótico possui vários produtos que simulam uma boca. Ó que legal: nem precisa de uma pessoa de verdade do outro lado (com desejos e prazeres a serem igualmente satisfeitos). Também existe a possibilidade de contratar alguém que não espere nada em troca – além do pagamento, claro.
Mais lidas
-
1JUSTIÇA ELEITORAL
Vereadores diplomados em risco e possíveis sucessores no novo caso das "laranjas" em Palmeira dos Índios
-
2
Prefeita reeleita e vice eleito terão que enfrentar a Justiça eleitoral para não perderem os mandatos
-
3SAÚDE
Lady Gaga em Copacabana: Artista usa Yoga para tratar condição que fez cancelar show no Brasil em 2017
-
4FUTEBOL
A novidade do futebol em 2025 será o Super Mundial de Clubes
-
5IPVA 2025
Sefaz divulga calendário de pagamento do IPVA em Alagoas