Cidades
MP alerta: Quem impedir a entrada dos agentes de saúde nas residências, em Palmeira, pode receber multa diária de até mil reais


promotora Salete Adorno e o secretário de saúde Glifson Magalhães, durante coletiva de imprensa (Foto: Lucianna Araújo)
A promotora de Justiça, Salete Adorno, o secretário municipal de saúde, Glifson Magalhães, e a coordenadora de Vigilância em Saúde, Rebeca de Oliveira Magalhães, reuniram a imprensa hoje (2) para pedir a colaboração na divulgação das estratégias, adotadas pelos dois órgãos, no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. Os três tipos de doença já confirmam uma epidemia no município de Palmeira dos Índios.
Durante a coletiva, a promotora Salete Adorno disse que a população precisa ajudar no combate ao vetor transmissor dos três tipos das doenças, que têm levado muita gente à morte, além das suspeitas dos casos de microcefalia, que podem estar relacionados ao mosquito transmissor do zika vírus, segundo o Ministério da Saúde. “Cada um tem que cuidar de sua casa. As pessoas estão acostumadas a não terem responsabilidades, mas vou dizer: quem não limpa o seu terreno ou a sua casa, e deixa água acumulada, vai responder criminalmente por isso. Não vamos permitir que essa maldição, que direta ou indiretamente tira a vida das pessoas, possa continuar. O combate ao mosquito, ou mesmo à erradicação dele, é a nossa meta. As pessoas ficam esperando o carro fumacê, mas ele não vai resolver o problema. Infelizmente, vamos ter que enquadrar todas as pessoas que não cumprirem a nossa determinação, impedindo a entrada dos agentes de saúde em suas casas. A pena, para isso, pode ser pequena, mas a multa não. Poderemos aplicar multa que chegue ao valor de mil reais por dia”, alertou a promotora.
O secretário de Saúde, Glifson Magalhães, reforçou que os donos de imóveis, e de terrenos abandonados, que não forem encontrados para abrir a porta para permitir a entrada dos agentes de saúde, que vão detectar os focos dos mosquitos, devem procurar a Secretaria de Saúde para agendar a visita do agente. “Não temos casos de microcefalia, mas tivemos quatro gestantes, que deram à luz no hospital, e os bebês foram notificados com a doença. Foram dois de Estrela de Alagoas, um de Igaci e outro de Cacimbinhas, que vão ser acompanhados por suas respectivas secretaria. A situação é grave, e o aconselhamento é que aqueles casais que planejam ter um filho, evitem neste momento, até que seja realmente confirmado se o zika vírus é o responsável pelos casos de microcefalia no Brasil. Para as mulheres que já estão grávidas, procurem usar roupas mais compostas, que não deixem a pele muito à mostra, e monitorem os locais por onde passam. Todo cuidado é pouco”, aconselhou o secretário.
De acordo com a coordenadora de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde, Rebeca de Oliveira Magalhães, já foram divulgados alguns resultados de exames, realizados na Paraíba, com a confirmação a microcefalia em dois fetos, infectados pelo zika vírus. “O Ministério está nessa linha de estudos, mas nenhuma possibilidade pode ser descartada. Os riscos são muito grandes. Esperamos as confirmações dos casos para dar mais alertas à população. Por isso, pedimos a colaboração de todos, para que deixem os agentes entrarem em suas casas, para realizar o trabalho deles, identificar a presença das larvas dos mosquitos e fazer o tratamento adequado, evitando, assim, a proliferação do vetor”, finalizou.
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