Geral
Modelo de gestão do Presídio do Agreste é referência no país

Há dois anos nascia uma unidade modelo de gestão penitenciária que mais tarde viraria um exemplo de unidade no país. Partindo de uma ideia inovadora, o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), firmou uma sólida parceria com a empresa Reviver para criar o Presídio do Agreste. A segurança e a disciplina na unidade é sentida antes de se entrar nos módulos da unidade.
Funcionários, apenados e visitantes são revistados com o que há de mais moderno em temos de tecnologia no mercado. Os servidores penitenciários utilizam câmeras com infravermelho, bloqueadores de celular, esteiras de raio x, portais detectores de metais, banquetas de inspeção, detectores manuais, dentre outros equipamentos para revista eletrônica, conforme prevê a Lei de Execuções Penais. Nada passa despercebido.
Com capacidade para 768 reeducandos, atualmente a unidade conta com 766 apenados. O Presídio do Agreste, que funciona em um modelo de cogestão, entre o Estado e a Reviver, nunca registrou fugas, tampouco rebeliões. A gerente executiva da empresa Reviver, Girlene Gomes, afirma que a parceria com o Estado é vital para fortalecer as ações ressocializadoras na unidade.
“Há uma década a Reviver trabalha com unidades prisionais no país. Em Alagoas, firmamos temos um contrato de 5 anos, iniciado no dia 19 de novembro de 2013, e com a contrapartida da Seris estão propiciando todos os serviços essenciais para assegurar a reintegração social dos custodiados”, salienta.
Diferencial
Na unidade do Agreste são ofertados cursos profissionalizantes e trabalhos aos reeducandos. Existem fábricas de corte e costura, oficinas de serigrafia e artesanato. Além dessas atividades, também são ofertadas aulas de educação básica nos níveis Fundamental e Médio.
Outro diferencial que impacta positivamente no projeto ressocializador é o soft de administração penitenciária da unidade, o equipamento auxilia os servidores na elaboração de relatórios e atendimentos. “Com ele concentramos as informações gerais de todos os custodiados”, lembra o gerente operacional da Reviver, Oliveira Balbino.
A assistente social Patrícia Rodrigues de Oliveira trabalha no Presídio do Agreste desde o seu surgimento. A servidora afirma que uma dos desafios da sua equipe de trabalho é fortalecer o vínculo familiar dos reeducandos. Esse processo é facilitado graças à estrutura física e às condições de trabalho existentes na unidade.
“Temos um sistema virtual avançado que permite um acesso rápido aos custodiados e controle no atendimento. Aqui ninguém fica sem atendimento durante um longo período. Além disso, vale ressaltar o corpo técnico com profissionais de nível superior que trabalham de forma integrada para prestar todos os serviços necessários”, salienta Patrícia Oliveira.
Além das assistentes sociais, trabalham no Presídio do Agreste médicos, enfermeiros, psicólogos, odontólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, farmacêuticos e advogados.
Para o chefe Especial de Gestão Penitenciária da Seris, tenente-coronel PM Marcos Lima, o tratamento dispensado ao reeducando, com assistência material, médica e social busca cumprir os requisitos existentes na Lei de Execuções Penais.
“Firmamos uma sólida parceria para propiciar melhorias em diversas áreas, seja ela educacional, laborativa, para padronizar os procedimentos, mantendo a ordem e disciplina no Presídio do Agreste. Prova disso é que nesses dois anos vários gestores de outras unidades federativas estiveram na unidade para conhecer nosso sólido plano de trabalho”, conclui Lima.
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