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Angela Merkel promete agir militarmente contra grupo Estado Islâmico
O presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, se encontraram nesta quarta-feira (25) em Paris para discutir sobre terrorismo e clima, a apenas cinco dias da COP 21 e a quase duas semanas após os atentados na capital francesa. Na Praça da República, os dois líderes prestaram homenagens às vítimas dos ataques. Logo depois, em coletiva de imprensa, Merkel prometeu reagir rapidamente no plano militar contra o grupo Estado Islâmico.
“Reagiremos rápido porque queremos lutar juntos contra o terrorismo. É a nossa missão, é o nosso dever, é preciso agir com determinação”, declarou a chanceler alemã em coletiva de imprensa ao lado de Hollande. “Não poderemos vencer o grupo Estado Islâmico com palavras, precisaremos de uma solução militar”, reiterou Merkel, que antes do encontro já havia anunciado o envio de 650 soldados adicionais ao Mali para ajudar a França na luta contra os radicais.
Já Hollande, depois de ratificar seu pedido de apoio da Alemanha contra os jihadistas na Síria e no Iraque, também se dirigiu à população francesa, recomendando que a França não faça uma relação entre refugiados e terroristas. Para o presidente, “é dever da Europa” acolher os migrantes “que fogem dos bombardeios do regime sírio e dos massacres do grupo Estado Islâmico”.
Antes da coletiva de imprensa, os dois líderes prestaram uma homenagem às vítimas dos atentados na Praça da República, no centro de Paris. Ao lado da prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo, Hollande e Merkel deixaram rosas brancas no pé do monumento que se tornou símbolo da resistência contra o terrorismo depois dos ataques de janeiro contra a redação da revista Charlie Hebdo e do mercado judaico Hyper Cacher.
Grande coalizão contra o grupo EI
Até o momento, os esforços empreendidos por Hollande para formar uma grande coalizão contra os jihadistas não trouxe muitos resultados. Apesar do apoio moral da parte do presidente americano Barack Obama na terça-feira (24), o presidente francês obteve apenas promessas de intensificar os bombardeios dos Estados Unidos contra o EI e a troca de informações entre os serviços de inteligência dos dois países.
Obama se mostrou reservado a respeito das possibilidades de cooperação com a Rússia no conflito sírio, enquanto não acontecer uma “mudança estratégica” do presidente russo Vladimir Putin. Essa inflexibilidade transforma a criação de uma grande coalizão que inclua Moscou em algo extremamente hipotético até o momento.
Nesta quinta-feira (26), o chefe de Estado francês cumpre uma nova etapa em busca de apoio contra os radicais, quando encontra o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi. Depois, Hollande vai até Moscou se reunir com Putin sobre a mesma questão.
França aprova extensão de operações na Síria
O Parlamento francês adotou nesta quarta-feira quase por unanimidade a extensão dos ataques aéreos na Síria, decidida no início de setembro por Hollande e intensificada desde os ataques em Paris, em meados de novembro.
Os deputados votaram (515 a favor, quatro contra e dez abstenções) “a extensão do engajamento das forças aéreas sobre o território sírio”, como exigido pela Constituição quando uma intervenção militar excede quatro meses.
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