Iniciativas ajudam no sucesso do parto humanizado em Alagoas. (Foto: Divulgação)

A experiência exitosa do Hospital e Maternidade Santo Antônio, localizado em Maceió, com a implantação da Lei do Acompanhante foi apresentada nesta quarta-feira (25), durante o seminário “Amostrando a Rede Cegonha”. O evento aconteceu no auditório do Conselho Regional de Psicologia, no Farol, em Maceió e divulgou também outras várias iniciativas no cuidado com a mãe e com o bebê.

A presença do acompanhante no trabalho de parto, durante o parto e no pós-parto imediato garante a mulher muito mais tranquilidade e atenção nesse momento especial da vida. De acordo com a fisioterapeuta do Hospital e Maternidade Santo Antônio, Caroline Pereira, a Lei do Acompanhante foi implantada na unidade hospitalar em março de 2015 e trouxe benefícios.

“Capacitamos os funcionários e estruturamos a unidade hospitalar para a presença do acompanhante”, pontuou Caroline Pereira. Segundo a fisioterapeuta, a ideia nasceu a partir das reuniões do Fórum Perinatal, quando foi traçado o plano de ação de cada unidade, sendo a Lei do Acompanhante um dos pontos a ser cumprido pelo Hospital e Maternidade Santo Antônio.

Com a iniciativa efetivada na unidade hospitalar, a fisioterapeuta conta como a gestante fica mais confortável em relação ao parto tendo alguém de confiança por perto no momento da chegada do bebê. “Hoje percebemos uma melhor aceitação do acompanhante e que ter alguém para contribuir no cuidado gera um resultado eficaz, principalmente durante o aleitamento”, disse a fisioterapeuta.

Para a coordenadora estadual da Rede Cegonha, Syrlene Patriota, a Lei do Acompanhante está em vigor desde 2005, mas muitos desconhecem ou não tem certeza de sua validade. “Saber que hoje temos ambientes adequados, que facilitam a presença do acompanhante, é um avanço para Alagoas”, afirmou Patriota.

Syrlene Patriota afirmou que o seminário “Amostrando a Rede Cegonha” é uma oportunidade de disseminar práticas que impactam na qualidade da assistência materno e infantil. “O ‘amostrar’ é de se exibir mesmo. A proposta é que as pessoas conheçam o que está sendo feito. São ações simples, de pouco custo e que podem ser replicadas em qualquer local”, defendeu.

Alguns exemplos dessas iniciativas são as paródias produzidas do grupo vocal Estrela Guia, formado por profissionais do Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Guia que, cantando, incentivam as mães para o aleitamento materno dentro da própria unidade hospitalar. Outras propostas são o uso de meios não farmacológicos para alívio da dor e a mudança de ambiência que facilitam o parto humanizado.