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Sesau participa de encontro sobre dengue, zika e microcefalia em Ministério
O Ministério da Saúde (MS) promove encontro em Brasília com todos os representantes de secretarias estaduais e municipais do Brasil, tendo como pauta a avaliação das atividades de controle de prevenção da dengue, zika vírus e chikungunya, doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) conta com representantes no evento, que acontece até esta quarta-feira (25), com a presença da gerente de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis, Cleide Moreira.
Com o aumento dos casos de doenças transmitidas pelo mosquito, uma nova preocupação tem mobilizado o Ministério da Saúde. “Os dados atualizados até a sexta-feira da semana passada apontam o registro de 18 estados da federação com casos de microcefalia. E a maioria das pesquisas feitas até o momento sugere uma associação da doença ao surto de zika vírus este ano”, alertou o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. Os dados são reunidos e apresentados no Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa).
Ainda segundo o diretor, o problema é encarado com gravidade, mas que medidas emergenciais também estão sendo desencadeadas. “Por isso, durante esses dois dias aqui em Brasília, discutiremos com especialistas as melhores formas de combate, diagnóstico e tratamento para enfrentar a nova demanda. Temos que acabar com o foco, não deixar o mosquito nascer. E para isso precisamos da ajuda da população. Sem essa parceria não conseguiremos sair vitoriosos”, ressaltou.
Sobre os casos, Cleide Moreira fez um balanço da situação em Alagoas. “A questão é preocupante em todo o Brasil. Mas as medidas determinadas pelo Ministério da Saúde estão sendo adotadas em nosso Estado. Há o monitoramento nos municípios, com grupos se deslocando para atender os casos específicos. Estamos com uma força-tarefa atuando nesse combate”, destacou.
A gerente também informou que a Sesau tem se antecipado às discussões, buscando referências em outros estados. “Recentemente estivemos em Pernambuco, que possui o maior número de casos de microcefalia nos últimos meses, para acompanhar como a questão está sendo tratada por lá, para adotar as medidas mais assertivas no caso do surgimento de novos casos”, completa Cleide.
Por se tratar de uma situação inédita, o MS tem avaliado a utilização de algumas tecnologias para combater a proliferação das doenças. Entre elas, Cláudio Maierovitch destacou: a criação de uma vacina contra a dengue e a utilização de mosquitos transgênicos incapazes de transmitir os vírus. Medidas simples como a utilização de repelentes e ainda a telagem das casas, impedindo a entrada do mosquito, também são indicadas pelos técnicos do Ministério.
A reunião em Brasília propõe apresentar aos técnicos e gerentes dos estados e municípios dados atualizados do LIRAa, além de apresentar a campanha de mobilização para 2015 e palestras sobre vigilância em saúde, monitoramento, sistemas de informação e guia para o manejo e combate as doenças.
Campanha
“Se o mosquito da dengue pode matar, ele não pode nascer”. Esse é o slogan criado pelo MS para a campanha de combate ao mosquito. O sábado (28) foi escolhido como o “Sábado da faxina – não dê folga ao mosquito da dengue”, um novo Dia D de combate ao Aedes aegypti.
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