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Polícia acredita que os dois PMs mortos na sexta-feira (23) podem ter sido confundidos com assassinos
Duas pessoas foram presas hoje pela manhã, em Maceió, suspeitas de terem ligação com o assassinatos dos dois policiais militares, ocorrido na Grota do Aterro, no Barro Duro, na sexta-feira (23). De acordo com o delegado José Carlos André, que cuida do caso, a partir dessas duas prisões, as investigações dão conta de que as mortes dos dois PMs pode ter sido por engano.
O delegado afirmou, ainda, que trabalha com a hipótese de que os militares não foram vítimas de emboscada, como o governador Renan Filho (PMDB) havia dito no dia do crime, mas que teriam sido confundidos com assassinos.
Os presos foram identificados como Sirleide, que era esposa de um dos outros quatro suspeitos mortos no fim de semana, identificado como Leandro José da Silva Moura, e o outro identificado como Adriano, vulgo “Jacaré”.
“As imagens e o áudio que temos são fortes, porque são os últimos momentos dos policiais vivos. Quando os policiais entram na grota, eles são abordados por três suspeitos, que perguntam quem eles são e o que estão fazendo na grota. Os militares disseram que eram pedreiros e que não estavam armados, mas os suspeitos insistiram e mandaram eles virarem de costas, é quando é possível ouvir os tiros”, afirma o delegado.
De acordo com o delegado, os dois estão presos temporariamente e foram apontados como suspeitos por moradores da região. A partir daí, a polícia teve acesso às escutas que estavam presas no corpo dos militares, material fundamental na investigação.
“Um dos militares tentou correr, mas foi morto pelo Leandro Moura. A esposa dele, a Sirleide, disse que ele já teria sido ameaçado algumas vezes e acreditou que os policiais estavam lá para matá-lo. Em depoimento, ela disse que soube depois que os dois mortos eram policiais e alertou o grupo”, afirma.
O delegado disse ainda que o grupo pegou um táxi para fugir da grota. “Nós ouvimos também esse taxista, mas ele disse que não tinha como imaginar que o grupo era suspeito no crime”, afirma.
Sobre o terceiro policial que estaria dentro de um carro esperando os companheiros, o delegado José Carlos André disse que ele ainda não teve condições de ser ouvido. “Ele está muito abalado e ainda não teve condições de ser ouvido. Ele vai nos ajudar a esclarecer o que eles investigavam no local, e o que eles já tinham de concreto, porque essas informações ainda não foram passadas para a Polícia Civil”, diz.
O secretário de Segurança Pública, Alfredo Gaspar, disse que viu as imagens das câmeras escondidas. “Os policiais estavam fazendo seu trabalho, mas eles foram mortos e os criminosos ainda pegaram os celulares deles e fizeram várias ameaças para as famílias deles, que ficaram muito assustadas. E isso prova o grau de perversidade desses criminosos”.
Enterro com honras
Os dois militares do Serviço de Inteligência da Polícia Militar (PM) foram enterrados no sábado (24), em um cemitério localizado no bairro do Benedito Bentes, na parte alta de Maceió.
Além dos familiares, diversos colegas de fardas foram ao local para prestarem a última homenagem ao cabo Alisson Ferreira do Nascimento e ao soldado Anderson Marques Passos. Os corpos foram velados no salão do Museu do Palácio Floriano Peixoto no centro da capital alagoana.
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