Cidades
Maceió: Prefeito Rui Palmeira participou do Fórum das Igrejas Evangélicas
O prefeito Rui Palmeira participou do Fórum das Igrejas Evangélicas. O encontro aconteceu na manhã desta sexta-feira (23) no auditório da Convenção de Ministros da Assembleia de Deus em Alagoas (Comadal), no Farol, e reuniu representantes de diversas igrejas e denominações religiosas da capital e de algumas do interior. Religiosos dialogaram com técnicos de órgãos e secretarias para tratar de demandas que envolvem os templos e o executivo municipal.
“Sabemos que há milhares de alagoanos e maceioenses que professam sua fé em igrejas evangélicas e havia muitas dificuldades na relação e interlocução dessas instituições com o município. Questões com relação a licenças da SMCCU e do meio ambiente, como tributação na Secretaria de Finanças, por exemplo. Por isso, montamos um grupo de trabalho composto por técnicos de diversas secretarias. É um grupo exclusivo para pensar em relação às igrejas. Já vínhamos dialogando há alguns meses com um grupo menor de pastores e os trabalhos vêm fluindo”, enfatizou o prefeito Rui Palmeira.
Na ocasião, diante do auditório repleto de participantes, o prefeito fez um anúncio: “Vamos firmar esse fórum para que ele seja permanente e que, assim, as igrejas possam legalizar o que necessitam e esperamos que essa iniciativa se repita em outros municípios, afinal, a sociedade e todos ganham com isso”. A meta, segundo o gestor é manter o diálogo aberto, entre igrejas e entes públicos e assim, minimizar e evitar problemas já que se trata de um segmento com diversas especificidades.
Para isso, além do prefeito, participaram integrantes da Procuradoria Geral do Município (PGM), Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU), Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma), Vigilância Sanitária Municipal e Secretaria Municipal de Finanças (SMF), além do vereador e pastor Marcelo Gouveia. Temas como questão sonora, regularidade fundiária e código tributário e ambiental estiveram em questão.
Alan Balbino, secretário-adjunto da Semarph e interlocutor entre Prefeitura e igrejas, destacou a importância do evento. “O Fórum abre um debate sobre como dar encaminhamento à solução de dificuldades que possam existir entre as igrejas e Prefeitura. As questões que envolvem problemáticas, dificuldades ou qualquer tipo de gargalo entre igrejas e Prefeitura serão discutidos e viabilizados”, disse. “O Fórum iniciou no dia 29 de maio no gabinete do Prefeito, já realizamos seis reuniões com diversas secretarias e hoje ocorre esse grande encontro”, acrescentou Alan.
José Orisvaldo Nunes de Lima, pastor presidente das Assembleias de Deus em Alagoas se referiu ao fórum como um trabalho de suma importância. “A Prefeitura trabalha a parte material e a igreja trabalha a parte espiritual, e objetivo das duas instituições é bem comum da sociedade. Somos e queremos trabalhar como parceiros, mas queremos atuar sempre dentro da legalidade para que, juntos, possamos atuar em prol da coletividade”, destacou.
“O objetivo maior é aproximar o diálogo e tentar resolver as demandas que existem entre as igrejas e o poder público municipal. O trabalho delas igrejas não é apenas de catequização e evangelização, mas há também um trabalho social que a igreja desenvolve como a educação infanto-juvenil, o combate às drogas e à violência. Diante de tudo isto, acreditamos que este Fórum será um divisor de águas”, ressaltou José Laelson da Silva, secretário das Assembleia de Deus e um dos coordenadores do Fórum.
Instituições
Mais de 200 líderes eclesiásticos de congregações vindos de diversos bairros atenderam à convocação. O pastor Jonas Bispo, representante das Igrejas Batistas e um coordenadores do Fórum, afirmou que havia uma expectativa e uma necessidade grande por parte das igrejas de dialogar com a gestão para tratar de problemas como a regularização dos imóveis onde funcionam templos.
Os números chamam a atenção. No caso dos Batistas, além de orfanatos, lar de idosos e atividades nas comunidades, são 108 igrejas, 72 congregações e aproximadamente 20 mil membros em Alagoas. “Pensamos no ser humano como um todo em seu aspecto físico, social,emocional, educacional e profissional”, colocou Bispo.
Outra grande instituição integrante do Fórum é a Assembleia de Deus. O último censo do IBGE, de 2010, aponta que a denominação conta com 170 mil membros no estado, 1.500 templos e três mil obreiros (termo genérico utilizado para se referir a pastores, presbíteros, diáconos e pessoas que atuam diretamente nas igrejas).
Antônio Paulino, presidente da Ordem dos Pastores Evangélicos de Alagoas (Opeal), entregou uma placa de agradecimento homenageando o prefeito Rui Palmeira e destacou o ineditismo e a relevância do Fórum para dar encaminhamentos a questões antigas. “Este é o início de um novo tempo, hoje há entraves nos órgãos da estrutura municipal, mas o prefeito foi flexível e abriu espaço para o diálogo”, disse.
Para o presidente, o momento é favorável e os resultados dos debates surtirão efeitos positivos, não apenas para as igrejas evangélicas, mas a instituições religiosas de diversas crenças. “Somos parceiros do poder público e queremos atuar sempre dentro da legalidade”, finalizou.
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