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Curso profissionalizante muda a vida de reeducandas do Presídio Santa Luzia
Quebrar paradigmas, ressocializar, gerar oportunidade de profissionalização aos custodiados, gradativamente, torna-se uma realidade no Sistema Prisional de Alagoas, perspectiva que em outros tempos parecia distante. Nesta quinta-feira (8), 40 reeducandas receberam o certificado de conclusão do Curso de Cabeleireira Assistente, em solenidade realizada no Auditório do Senac/Poço.
A ação viabilizada pela Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) foi possível graças a parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio-AL).
As 200 horas/aulas do qualificação foram oferecidas, no Presídio Santa Luzia, entre julho e setembro deste ano. De acordo com o chefe especial de Gestão Penitenciária da Seris, tenente-coronel PM Marcos Lima, o processo de ressocialização cria novos horizontes.
“Lutamos para gerar oportunidades através da disseminação do conhecimento e profissionalização das custodiadas. Agradecemos aos parceiros envolvidos nesse trabalho sólido desenvolvido na unidade prisional”, ressaltou o tenente-coronel.
O presidente do Sindicato das Empresas de Serviços de Estética e Beleza do Estado Alagoas, Ariel Fernandes, falou da satisfação ao ver o resultado do trabalho.
“Buscamos somar esforços junto com a Seris, com ações para mudar a realidade daqueles que buscam um recomeço. Hoje estou honrado com empenho e interesse das alunas. Desejo sucesso a todas”, destacou Ariel Fernandes.
A reeducanda Geise Paula dos Santos fez questão de agradecer pelo tratamento humanizado e experiência profissional ofertada na capacitação.
“O curso elevou nossa beleza interior e exterior, inclusive transformando nossa auto-estima. Visualizamos um futuro melhor fora do Sistema. Agradeço a administração do Santa Luzia e empresas envolvidas”, agradeceu Geise.
O instrutor do Curso de Cabeleireira Assistente, Cláudio Teixeira, comenta que a iniciativa não visa apenas à profissionalização das custodiadas. “Mais do que ofertar uma capacitação, buscamos transformar vidas. Prova disso é que com as aulas no Santa Luzia houve uma redução dos problemas de saúde na unidade. Demos um passo importante, agora é necessário sequência”.
Para a gerente de Educação, Produção e Laboterapia da Seris, Andréa Rodrigues, os frutos do trabalho ofertado nas unidades virão com o tempo.
“Intensificamos a oferta de cursos há cinco anos. Ao longo desse período vimos muitas reeducandas entrarem desacreditadas nas capacitações e saírem transformadas após assimilarem valores como o respeito e a confiança”, contou Andréia.
De acordo com o presidente do Sistema Fecomércio, Wilton Malta, a sociedade precisa lembrar que há uma causa maior em questão. “Hoje as reeducandas enfrentam dificuldades, mas num futuro próximo a experiência adquirida no sistema fará delas pessoas melhores, optando pelo caminho correto. Agradeço por contribuir com esse projeto tão importante da Seris”.
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