Política

Benedito de Lira nega envolvimento em esquema de corrupção da Petrobras

01/09/2015
Benedito de Lira nega envolvimento em esquema de corrupção da Petrobras
Benedito de Lira disse não ter relações com o esquema criminoso da Petrobras (Foto: Agência Senado)

Benedito de Lira disse não ter relações com o esquema criminoso da Petrobras (Foto: Agência Senado)

O senador Benedito de Lira (PP-AL) disse hoje (1º), através de nota, não ter relações com pessoas envolvidas em corrupção e nem com os seus malfeitos. O senador se manifestou por meio de sua assessoria depois que a Polícia Federal (PF) encontrou indícios de corrupção passiva do senador, e do filho dele, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) no esquema criminoso da Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, após a conclusão de inquéritos abertos para apurar a participação dos dois parlamentares no processo.

De acordo com as investigações, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Costa, afirmou em depoimento de delação premiada, que repassou R$ 1 milhão para a campanha ao senado de Benedito de Lira, em 2010, por intermédio do doleiro Alberto Youssef. Paulo Costa disse, ainda, que o dinheiro saiu da cota destinada ao PP, provenientes de sobrepreços em contratos da Petrobras, dentro do esquema de corrupção.

Já o deputado Arthur Lira, que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Youssef afirmou, também em delação premiada, que teria pago despesas de campanha do parlamentar em 2010.

O doleiro também disse que soube que um assessor do deputado recebeu R$ 100 mil em espécie, mas que ele teria sido detido com o dinheiro no Aeroporto de Congonhas. De acordo com Youssef, o deputado recebia repasses mensais entre R$ 30 mil e R$ 150 mil da “cota” do PP no esquema de corrupção.

Segundo Benedito de Lira “o pedido de indiciamento é um equívoco, pois tem como referência uma doação declarada na prestação de contas da campanha eleitoral de 2010. Aguardo, serenamente, a decisão do Supremo Tribunal Federal”.

O ministro Teori Zavascki, responsável pelos inquéritos no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), já enviou o relatório da PF para análise do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que decidirá se apresenta denúncia contra os dois parlamentares. Janot  pode ainda solicitar mais diligências da PF, caso considere que o caso precisa de mais provas, ou decidir pelo arquivamento do inquérito.