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Núcleo completa 4 anos como modelo no trabalho de ressocialização do preso

31/08/2015
Núcleo completa 4 anos como modelo no trabalho de ressocialização do preso
Unidade prisional é regida pela metodologia dos Módulos de Respeito, inspirado em uma experiência realizada na cidade de Leon, na Espanha (Foto: Jorge Santos)

Unidade prisional é regida pela metodologia dos Módulos de Respeito, inspirado em uma experiência realizada na cidade de Leon, na Espanha (Foto: Jorge Santos)

O Núcleo Ressocializador da Capital (NRC) completou quatro anos de funcionamento neste mês e, atualmente, é modelo no trabalho de ressocialização no sistema penitenciário alagoano. Para comemorar o sucesso da metodologia, a Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) realizará, na próxima quinta-feira (3), uma cerimônia na unidade, situada no Complexo Penitenciário de Maceió, em Maceió.

A unidade prisional é regida pela metodologia dos Módulos de Respeito, inspirado em uma experiência realizada na cidade de Leon, na Espanha, e apresenta menor índice de reincidência do Estado – apenas 4%. Em comparação à média nacional, que chega a 70%, o NRC apresenta uma grande redução em relação à reincidência de criminal nos presídios do país.

Além disso, durante os quatro anos de funcionamento, o NRC nunca registrou brigas ou rebeliões. Com 150 vagas e 131 custodiados, a unidade abriga apenas condenados e todos estudam e trabalham dentro do Núcleo. Alagoas foi a primeira unidade federativa a implantar o método dos Módulos de Respeito em uma unidade por completo.

Para cumprir pena no NRC, o custodiado passa por uma rígida seleção, realizada por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogo, assistente social e membros da gerência do núcleo.

Após a seleção, o reeducando assina um Contrato Voluntário de Adesão e aceita cumprir todas as normas e regulamentos da unidade, tendo seu comportamento acompanhado e avaliado diariamente, através de conceitos negativo (N) e positivo (P). Caso obtenha três conceitos negativos em um mês, o custodiado é levado para a comissão disciplinar e, dependendo da gravidade, pode ser excluído do projeto.

Para a gerente geral do Núcleo Ressocializador da Capital, Geórgia Hilário, um dos trabalhos mais importantes desenvolvidos no núcleo nesses quatro anos é o resgate da cidadania e dos vínculos familiares.

“Todos que estão aqui trabalham e estudam. Com isso, resgatamos a cidadania do indivíduo, dando acesso à educação e proporcionando a capacitação profissional. Além disso, tentamos também resgatar os vínculos familiares, pois a família é importante neste processo de ressocialização”, destacou.