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Folclore alagoano é celebrado durante encontro da Superintendência Socioeducativa
Coco de roda, bumba meu boi e maracatu foram algumas das apresentações desenvolvidas pelos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas durante a programação do “I Encontro Cultural: o Resgate do Folclore Alagoano”, realizado pela Superintendência de Assistência Socioeducativa (Sase), nesta quarta-feira (26), no auditório da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
O evento reuniu grandes nomes do folclore alagoano, como o cordelista Jorge Calheiros, a folclorista Tereza dos Santos, filha do mestre Juvenal, um dos grandes nomes do guerreiro alagoano, Zé do Boi, representando a cultura do bumba meu boi e o antropólogo Cadu Ávila, que falou sobre a origem do maracatu, além de familiares dos socioeducandos, servidores da Sase e estudantes.
A superintendente de assistência socioeducativa, Elizabeth Kümmer explicou que, para a realização deste evento, os socioeducandos trabalharam a temática em sala de aula, aprendendo sobre a cultura do Estado.
“Trabalhamos em sala os diferentes tipos de manifestações artísticas, desde a confecção de cordel, pintura, até a apresentação do maracatu e coco de roda, que foram assistidos hoje. O que fazemos foi moldar o projeto de acordo com a necessidade dos adolescentes”, disse Elizabeth Kümmer.
Para a superintendente, o crescente interesse dos socioeducandos pelos projetos pedagógicos é resultado de muito trabalho. “Começamos de forma bem tímida, com 20 adolescentes, e hoje temos mais de 70 socioeducandos envolvidos neste projeto”, informou.
A. S. S., 19 anos, é uma prova disso. O adolescente, que está na unidade de semiliberdade, foi um dos incentivadores na unidade para a participação no evento. “Desde muito pequeno eu gosto do bumba meu boi e quando soube do projeto, animei os colegas para participar. Acredito que é uma forma de fortalecer a cultura e os laços com os familiares, pois minha mãe veio assistir minha apresentação”, falou.
A folclorista Tereza dos Santos, que animou a plateia com o guerreiro, se emocionou ao falar de seu neto, que cumpre medida socioeducativa.
“É uma satisfação estar aqui apresentando o trabalho desenvolvido por meu pai e poder contribuir com a educação destes jovens. Foi uma surpresa saber que esse projeto vem sendo desenvolvido nas unidades socioeducativas, pois é muito importante apresentar nossa cultura aos jovens, para que desta forma ela possa ser preservada”, afirmou a folclorista.
Um dos professores envolvidos no projeto, Anderson Ronac, afirma ser gratificante sentir a energia dos jovens que colaboram para manter viva a cultura alagoana. “Acredito que esse é o caminho da ressocialização”, finalizou.
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