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O disfarce imperfeito
Em meio a uma tempestade bombástica de notícias diárias que apontam um País inviável, em algumas das grandes mídias uma nação destinada ao fracasso, em outras o é desde sempre, vão tecendo um enredo de suspense quando não terrífico sobre o nosso presente, especialmente o futuro.
Em outras palavras trata-se da tentativa de desconstrução da sociedade nacional, inclusive em sua gênese antropológica, o aniquilamento do papel estratégico do Estado brasileiro, a fragmentação da sua territorialidade, o butim sobre as riquezas que possuem a exata dimensão do caráter continental do Brasil.
É verdade que não é a primeira ou segunda tentativa elaborada com tal intento, sempre fracassada.
Mas agora a iniciativa possui forma, conteúdo, circunstâncias distintas haja visto que os fenômenos políticos internos, externos associados à hegemonia mundial do capital financeiro, à crise capitalista global, ao contexto geopolítico em transição, gestou uma brutal ofensiva de forma rápida e fulminante, assemelhada à famosa blitzkrieg das tropas da Alemanha nazista na 2a Guerra Mundial.
O que se pretende na verdade é a constituição da absoluta liberdade aos fluxos financeiros especulativos em um Brasil fragmentado, incapaz de fazer valer seus interesses como Estado soberano, desprovido de projeto nacional como nau desgovernada sem condições de rumo e perspectivas.
O capital rentista cuja regra central é a total ausência de regras, intrinsicamente corrupto, promove feroz assalto com uma gigantesca campanha de desmoralização da luta política, minando a vontade das maiorias sociais na participação dos rumos, alternativas, responsabilidade da sociedade na condução do seu destino e consequentemente da nação.
Com o País à deriva restaria aos designados promotores da “salvação nacional” a posse do rescaldo fumegante do edifício nacional com uma nova fase autoritária sem a vigilância crítica própria das democracias.
Parece que segmentos ponderáveis da vida política do País começam a dar-se conta que nessa batida incendiária as labaredas do ódio neofascista são absolutamente cegas.
Daí é que começa a tornar-se efetiva a imperiosa formação de ampla frente democrática, patriótica, constitucional, em defesa do crescimento econômico, dos inadiáveis avanços sociais, da soberania do País.
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