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Servidores da Educação de Alagoas decidem manter a greve

10/08/2015
Servidores da Educação de Alagoas decidem manter a greve

Servidores decidem continuar com a greve (Foto: Sinteal)

Servidores decidem continuar com a greve (Foto: Sinteal)

Os trabalhadores da Educação em Alagoas decidiram em assembleia, realizada hoje pela manhã (10), manter a greve da categoria, que já dura 25 dias.
Na reunião, foi discutida a determinação judicial do desembargador Fábio José Bitencount que decretou a ilegalidade da greve na última segunda (3).
Segundo a presidente Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Alagoas (Sinteal), Consuelo Correia, a categoria já recorreu da decisão do desembargador.
“Decidimos por manter a greve. Nós já entramos com recurso contra a decisão judicial que aponta a ilegalidade da mobilização. Ainda hoje vamos sair da Praça Dom Pedro II e seguir em direção ao Palácio do Governo para pressionar mais uma vez o Estado para que nos dê um posicionamento”, disse Consuelo.
A categoria paralisou as atividades no último dia 16 de julho, pedindo um reajuste salarial de 13,01%. Eles também reclamam da falta de profissionais nas escolas, da estrutura física e das progressões por titularidade e por tempo de serviço.

Retorno gradativo

A assembleia aconteceu no auditório do Sinteal, localizado no bairro de Bebedouro. Mesmo com a mobilização mantida pelo sindicato, diversas escolas retornaram às atividades gradativamente, segundo representantes de núcleos regionais de Educação.
Na avaliação de coordenadores de onze municípios da região Norte, todos já haviam retomado as atividades. “Isso aconteceu pela determinação da ilegalidade”, disse Ana Gomes, a presidente do Núcleo Regional de Matriz de Camaragibe.
Na 8ª Coordenadoria Estadual de Educação, em Pão de Açúcar, que abrange oito municípios, as unidades estavam retomando o trabalho de forma gradativa, de acordo com relato dos coordenadores da região.
No núcleo de Palmeira dos Índios, representantes também relataram a mesma situação, de que poucas escolas estavam mantendo a paralisação.
Em entrevista ao Bom Dia Alagoas na semana passada (veja no vídeo ao lado), o secretário da Educação e vice-governador de Alagoas, Luciano Barbosa (PMDB), falou sobre a situação.
Ele disse que um balanço feito pela pasta apontou que a greve dos servidores prejudicou o funcionamento de cerca de 18% das escolas estaduais.
Na ocasião, Barbosa afirmou que aceitava que as categorias se manifestassem, mas ressaltou que a decisão judicial deveria ser cumprida para que fosse mantido o direito à educação dos alunos da rede pública estadual.