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Semana Mundial do Aleitamento Materno tem como tema mulheres que trabalham fora de casa

03/08/2015
Semana Mundial do Aleitamento Materno tem como tema mulheres que trabalham fora de casa
A amamentação ajuda a prevenir várias doenças, como asma e alergias (Foto: Divulgação)

A amamentação ajuda a prevenir várias doenças, como asma e alergias (Foto: Divulgação)

Trabalhar, ser mãe e amamentar parece ser algo intangível para muitas mulheres. Foi exatamente com base neste cenário e nas dificuldades enfrentadas pelas mães que reconhecem a importância da amamentação que foi definido o tema da Semana Mundial da Amamentação 2015: “Amamentação e Trabalho: para dar certo, o compromisso é de todos”.
Com o propósito de divulgar a importância da proteção e apoio à mulher trabalhadora que amamenta para que ela possa conciliar de forma mais prazerosa a amamentação e o trabalho, a Maternidade Escola Santa Mônica realiza ações no período de 3 a 6 de agosto (vai até quinta-feira) como parte da programação da Semana Mundial de Amamentação 2015, celebrada oficialmente de 1º a 7 de agosto.
O objetivo é conscientizar e conseguir o apoio de todos os segmentos profissionais que empregam mulheres durante o período de amamentação.
De acordo com Andréa Pinheiro, coordenadora do Banco de Leite Humano da Maternidade Escola Santa Mônica (MESM), muitas mulheres antecipam o desmame dos filhos para menos de seis meses (período mínimo indicado para alimentar o bebê exclusivamente com leite materno) pela impossibilidade de conciliar trabalho e amamentação.
A Semana Mundial da Amamentação é considerada um veículo para promoção da amamentação e ocorre simultaneamente em 120 países. O tema é definido, a cada ano, pela Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA), lançando materiais que são traduzidos em 14 idiomas.
Na Santa Mônica, as ações estão sendo conduzidas pelo Banco de Leite da maternidade e Comissão Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), em parceria com a Liga Interdisciplinar da Saúde da Criança, da Uncisal.

Confira a programação preliminar:

3 de agosto (segunda-feira):
Manhã: abertura da Semana Estadual da Amamentação, na antiga LBA (realização: Sesau);
Tarde: participação da Santa Mônica em um evento de Marechal Deodoro (palestra da Médica Andréa Pinheiro);

4 de agosto (terça-feira):
Manhã: participação da Santa Mônica em evento da Unimed (palestra da Dra. Andréa Pinheiro);
Tarde: Blitz da Amamentação e sensibilização junto aos profissionais da Santa Mônica (prédio-sede; responsáveis: Conceição Pessoa e Francimar Gadelha);

5 de agosto (quarta-feira):
Tarde: ação no Ambulatório da Santa Mônica (responsáveis: Fátima e Suely) e ação no Hospital do Açúcar (responsáveis: Elianete e alunos da Liga da Uncisal);

6 de agosto (quinta-feira):
Manhã: roda de conversa e panfletagem, no HGE (responsáveis: Celina e Edjane).Assim que a mãe dá à luz a um bebê, já pode começar a amamentá-lo. Nos primeiros dias após o parto, a mãe produz, em quantidades menores, um leite mais amarelado e mais grosso chamado de colostro. No colostro, a quantidade de anticorpos ecélulas maduras é muito maior do que no leite maduro, o que ajuda na imunização do bebê contra muitos vírus e bactérias que estão no ambiente. Além disso, no colostro há substâncias que estimulam o intestino da criança a se desenvolver. Por ter efeito laxativo, o colostro auxilia na eliminação do mecônio (primeiras fezes do bebê), o que ajuda a evitar a icterícia. Se ao invés de leite materno for oferecido à criança o leite de vaca, o bebê poderá desencadear alergias, além de ter o intestino agredido.

Importância da amamentação

Depois de algumas semanas, a mãe começa a produzir o leite que chamamos de leite maduro. Esse leite se apresenta com aspecto e composição diferentes do colostro, e contém proteína, lactose, vitaminas, minerais, água, gordura, enfim, todos os nutrientes que a criança necessita para seu crescimento e desenvolvimento até os seis meses de idade. No leite materno também encontramos vários componentes imunológicos que protegem a criança de inúmeras doenças.
A dúvida que persegue muitas mamães é se o leite delas é fraco. É importante saber que não existe leite fraco, e que cada mãe produz o leite ideal para o seu bebê. Com a amamentação, o seu bebê terá uma digestão mais fácil, porque o leite materno é mais bem absorvido e tolerado pelo organismo do bebê, diminuindo as cólicas.
Com o leite materno, o bebê terá menos chances de desenvolver inúmeras doenças, como asma, alergias alimentares, rinite, bronquite, entre tantas outras.
Além de beneficiar o bebê, a amamentação também beneficia a mãe, pois, através desse ato, além de se criar um vínculo afetivo entre mamãe e bebê, a mãe se sente mais segura, menos ansiosa, seu útero volta ao tamanho normal mais rapidamente, além de apresentar menos chances de desenvolver anemia, hemorragias, câncer de mama e ovário no pós-parto. A mamãe também estará menos propensa a sofrer com osteoporose e voltará ao peso normal muito mais rapidamente.
É muito importante que a amamentação ocorra da forma mais natural possível e que a mãe esteja relaxada e em uma posição confortável. “A posição ideal é aquela onde ambos ficam confortáveis, com o bebê alinhado ao corpo da mãe”, diz a Dra. Maria José Mattar. A pega do bebê no seio da mãe deve ocorrer da forma correta, para que ele consiga sugar a quantidade necessária de leite.
Depois de seis meses de vida, outros alimentos já podem ser oferecidos à criança, mas a mãe pode e deve amamentar o seu filho pelo menos até ele completar um ano de idade. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), “se todos os bebês fossem exclusivamente amamentados durante os seis primeiros meses de vida e continuassem a mamar até os dois anos de idade, quase um milhão e 300 mil crianças poderiam ser salvas, todos os anos, e outros milhares de meninos e meninas cresceriam muito mais saudáveis em todo o mundo”.