Com novo protocolo, medicamento deve ser ministrado até 72 horas após a exposição de risco (Fotos Carla Cleto)

O Ministério da Saúde lançou o novo protocolo destinado ao uso de medicamentos para pessoas em exposição de risco ao HIV/Aids. O novo protocolo clínico e as diretrizes terapêuticas de Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de Risco para Infecção pelo HIV foi publicado no Diário Oficial da União de 23 de julho e traz uma série de benefícios para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive com a redução do tempo de acompanhamento do tratamento.
Para a técnica do Programa DST/Aids da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Simone Mazoni, o novo protocolo tem uma série de vantagens e integra os três tipos de profilaxia: acidente ocupacional, violência sexual e relação sexual consentida. Anteriormente, segundo ela, para cada uma dessas situações havia um esquema de medicamento, mas, a partir de agora, haverá apenas um.
“Conforme o novo protocolo, o medicamento deve ser ministrado até 72 horas após a exposição de risco. O ideal é que o uso da medicação ocorra nas duas primeiras horas, após a exposição”, disse Simone Mazoni. A técnica do Programa de DST/Aids da Sesau acrescentou que o usuário deve tomar a medicação durante 28 dias ininterruptos.
O protocolo, que entrou em vigor este mês, ainda conta com outros benefícios, como a simplificação e verificação da profilaxia pós-exposição, que passa a acontecer em apenas um esquema de medicamento, porque não será necessário um especialista em Aids para fazer a dispensação. Ela poderá ser feita por qualquer outro médico. O tratamento, que antes acontecia em seis meses, foi reduzido para três.