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Governador sugere maior independência do NE durante encontro com ministro


Governador Renan Filho durante encontro com ministro Mangabeira Unger no início de sua agenda em Brasília, nesta quinta-feira (30) (Fotos Mariana Lessa)
A mudança de paradigma na política econômica e social do Nordeste foi o centro da conversa do governador Renan Filho com o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, na manhã desta quinta-feira (30), em Brasília. Na oportunidade, Renan assumiu o compromisso de compartilhar essa preocupação com os governadores da região em busca de soluções eficazes e imediatas, visando maior independência e desenvolvimento dos estados nordestinos.
Segundo o ministro, é preciso quebrar uma postura histórica do Nordeste de buscar recursos federais. “No momento não há perspectiva de grandes investimentos por parte do governo federal. O Nordeste não deve construir o seu futuro na base de ilusões, mas sim criar uma onda própria de crescimento. Para isso, tem que haver audácia política e criatividade institucional para buscar soluções em períodos de crise”, completou.
Renan Filho se posicionou muito favorável ao modelo de desenvolvimento exposto. “Esse é um caminho que precisa ser construído em conjunto pelos governantes do Nordeste. Entendo como primordial tirar ideias do papel e transformá-las em um plano com ações concretas”, registrou o governador.
Estratégia nacional
Mangabeira Unger defende uma quebra radical de paradigmas no Nordeste que tenha como foco a política industrial, a política agrícola e a inovação na educação. “Sou um entusiasta da política, não acredito em estratégia nacional que não se traduza em ação regional. Somente assim é viável realizar as grandes e necessárias mudanças para o país”, completou.
Como exemplo dessa postura, citou a atuação de um grupo formado por governadores do Centro-Oeste e do estado de Tocantins, que se denominou Brasil Central. A agenda é composta por três dimensões: a ideia de que a política regional, identificação de vanguardas alternativas do país (agentes que já atuam localmente) para prover instrumentos, e que a política regional seja organizada pelas próprias regiões, construída por instituições que elas escolheriam.
Prazos
De acordo com o projeto, o Nordeste deveria atuar principalmente em duas vertentes: definir uma estratégia endógena de construção de mudanças e criar instrumentos institucionais do Nordeste para que não fique apenas na tutela no governo federal.
Por fim, Mangabeira ressaltou sua visão e expectativa a curto e médio prazos: “Eu desejo ver um Nordeste vivo e independe. O apoio financeiro do governo federal tem que ser enxergado como um elemento acessório para algo que já estiver em andamento na região.”
Uma próxima agenda entre Renan Filho e Mangabeira está prevista para a segunda quinzena de Agosto para aprofundar o debate sobre o desenvolvimento regional. Na oportunidade, também deve acontecer uma visita do ministro a Arapiraca e ao Canal do Sertão.
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