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Ambulatórios 24 Horas atendem mais de 227 mil pacientes neste primeiro semestre

27/07/2015
Ambulatórios 24 Horas atendem mais de 227 mil pacientes neste primeiro semestre
Nelson acompanhou Barbara no atendimento no João Fireman. (Foto: Olival Santos)

Nelson acompanhou Barbara no atendimento no João Fireman. (Foto: Olival Santos)

    No período de janeiro a junho deste ano 227 mil atendimentos foram realizados nos cinco Ambulatórios 24 horas de Maceió, conhecidos como mini pronto-socorros, mantidos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Localizados em pontos estratégicos da capital alagoana, a população com problemas de saúde pode recorrer ao Noélia Lessa (Levada); Dom Miguel Câmara (Chã da Jaqueira); Assis Chateaubriand (Tabuleiro do Martins), João Fireman (Jacintinho) e Denilma Bulhões (Benedito Bentes).
Cada unidade atende, em escala de plantão e de forma ininterrupta, as especialidades de clínica médica, pediátrica, odontológica (esta última está presente nos ambulatórios do Tabuleiro, Jacintinho e Chã da Jaqueira), pequenas cirurgias e exames laboratoriais. Em cada uma dessas unidades, são atendidas, em média, 300 pessoas diariamente, sendo que, no último mês de junho, mais de 8 mil pessoas passaram apenas no João Fireman.

Atendimento – Uma das beneficiadas foi a pequena Bárbara, 2 anos, que foi mordida pelo animal de estimação. “Aqui o atendimento é rápido”, disse Nelson da Silva, padrinho de Bárbara, que acompanhou a criança no Ambulatório João Fireman, situado no Jacintinho, onde passou por avaliação médica e tomou a vacina antirrábica.
“Hoje, estamos voltando para tomar a segunda dose”, completou Nelson.
“A intenção é não congestionar o Hospital Geral do Estado”, alertou a diretora de Atenção Pré-Hospitalar da Sesau, Cristina Calado.
Segundo ela, a população pode recorrer aos ambulatórios nos casos de vômito, diarreia, dores de cabeça, barriga ou ouvido, quando com pequenos cortes, convulsões e crises de asma ou diabetes, podendo ficar em observação até ser estabilizado.
A coordenadora administrativa do João Fireman, Kelita Cortez, acrescentou que a prioridade é para a urgência, mas como o Ambulatório 24 Horas é porta-aberta para o Sistema Único de Saúde (SUS), logo o atendimento é realizado a todos os pacientes.
“A transferência para unidade hospitalar ou a indicação para o acompanhamento no posto de saúde é uma orientação que depende do caso de cada paciente”, explicou Kelita Cortez.
Um exemplo aconteceu na sala de cuidados de urgência do João Fireman. O paciente, que chegou à unidade com sintomas de dor precordial e pressão alta, foi medicado e teve os batimentos cardíacos monitorados, conforme informou a enfermeira do plantão, Neide Calumby.
“Aqui, o paciente fica o tempo necessário e depois é encaminhado para a enfermaria ou para o hospital ou então recebe alta”, disse a enfermeira.

Atenção Básica – “O fluxo para o funcionamento do SUS deve seguir da Atenção Básica às urgências”, esclareceu Cristina Calado. Isso porque, nas urgências é realizado um atendimento pontual, enquanto na Atenção Básica existe um conhecimento prévio do paciente, registro em prontuário anterior à queixa aguda, o acompanhamento do quadro e o estabelecimento de vínculo, o que caracteriza a continuidade do cuidado.
Foi o que aconteceu com o aposentado José Jesuíno da Silva, 76 anos, que procurou o João Fireman devido à glicose alta. “Hoje meu pai tem consulta com o médico que acompanha a diabetes dele”, contou a autônoma Marlene Jesuíno da Silva, “mas procuramos o ambulatório porque aqui tem atendimento rápido para reverter essa situação”.
Além de priorizar o atendimento pela classificação de risco, é importante se dirigir ao local adequado, conforme orienta Cristina Calado. “Quando o paciente diabético, por exemplo, vai direto para os serviços de urgência, fica faltando o acompanhamento inicial que é realizado na Atenção Básica, responsável por solucionar 80% das demandas de saúde da população”, frisou.

Dados – Dos mais de 227 mil atendimentos realizados nos Ambulatórios 24 Horas nos primeiro semestre de 2015, 22.339 aconteceram no Noélia Lessa; 31.933 no Dom Miguel Câmara; 87.549 no Assis Chateaubriand; 44.356 no João Fireman; e 40.852 no Denilma Bulhões.
Apenas no mês de junho, foram mais de 43 mil atendimentos. O Noélia Lessa realizou 4.227 atendimentos; o Dom Miguel Câmara 6.331; o Assis Chateaubriand 16.662; o João Fireman 8.139; e o Denilma Bulhões 7.809.