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Depois de 64 anos de Pans, natação feminina do Brasil enfim conquista um ouro
As mulheres vitoriosas da natação brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Toronto chegaram orgulhosas ao Brasil. Quebraram alguns paradigmas: depois de 64 anos de competição, obtiveram a primeira medalha de ouro, com Etiene Medeiros, nos 100m costas. Joanna Maranhão enfim conseguiu quebrar seu recorde brasileiro nos 400m medley, nadando abaixo dos 4min40 (o fez em 4min38s07); Etiene foi a primeira brasileira da história a nadar os 100m costas em menos de 1 minuto (59s61).
Daynara de Paula, bronze no 4x100m livre e no 4x100m medley, não quer nem ouvir falar nas reiteradas críticas endereçadas à natação feminina do Brasil, que não sabe o que é estar numa final olímpica desde 2004. “Quem fala que a natação feminina do Brasil é fraca, por favor…”, afirma a nadadora carioca.
Empolgada, a especialista em nado borboleta elogia a seriedade das atletas que estão chegando agora à seleção. “Eu brinco dizendo que, quando era mais nova, levei 14 pacotes de (biscoitos) Trakinas à minha primeira Olimpíada. Já elas não comem nem uma barrinha de chocolate. Fico orgulhosa de ver que logo cedo estão querendo seus objetivos e abrindo mão de muita coisa”.
A veterana Joanna Maranhão, a última nadadora, ao lado da já aposentada Flavia Delaroli, a chegar a uma final olímpica individual, em Atenas-2004, já havia demonstrado, durante o Pan, o quanto se orgulha por fazer parte do revezamento 4x200m livre, prata nos Jogos de Toronto.
“Elas chegaram com tudo. Eu tive que elevar o meu nível para fazer parte desse rev (revezamento)”, afirma a pernambucana.
O treinador-chefe da natação feminina, Fernando Vanzella, acha que o Pan pode significar muito para o futuro da natação brasileira. “A natação é muito assim. Alguém quebra um recorde e depois aquela marca é batida, você passa a ter oito caras nadando com aquele tempo. Agora que conseguimos a primeira medalha de ouro, isso pode motivar muitas nadadoras no Sesi, no Pinheiros, no Minas Tênis, esses clubes que têm ótima estrutura. Quantas meninas não ficaram motivadas, vendo tudo aquilo pela TV? Isso é sensacional!”.
“Nosso objetivo é em 2016 chegar a uma final e até brigar por uma medalha. Depois de 2004, que foi o auge, a natação feminina brasileira deixou uma lacuna. Hoje recuperamos esse espaçõ. Temos uma recordista mundial, temos uma recordista pan-americana (Etiene Medeiros), temos a Joanna, que quebrou todos os seus paradigmas. Estou muito orgulhosa de fazer parte dessa equipe que quebra barreiras. A gente está aqui para apoiar as meninas mais novas para que elas mantenham o que estamos fazendo e que até vão mais além”, diz Jessica Cavalheiro, integrante da equipe de revezamento 4x200m, prata no Pan.
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