Política
Escolas estaduais param atividades na próxima quinta-feira
Em clima de indignação, os trabalhadores da rede estadual de Educação, em assembleia geral realizada na manhã desta 6ª feira (10/07), na sede do Sinteal, no Mutange, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira (16). Em campanha salarial pela aplicação do reajuste de 13,01% para toda a categoria, e por outros pontos de pauta, que incluem reformulação do Plano de Carreiras e convocação de concursados, a categoria cansou das muitas rodadas de negociação sem avanços, disse “NÃO” à irreal proposta de 7% (parcelados em 03 vezes) do governo, deflagrando a justa greve e aprovando uma agenda de mobilizações públicas em Maceió e em várias cidades do interior do estado.
Sinteal na luta
O Sinteal, que participa do movimento unificado dos servidores públicos estaduais, que reúne diversas categorias – organizadas pela CUT – para o enfrentamento com o governo estadual, sempre alertou a sociedade sobre o fato de que, durante as eleições, o ainda candidato Renan Filho prometia em discursos de palanque e em propagandas de campanha “priorizar a educação e os servidores públicos”.
O SINTEAL diz que “a verdade veio à tona muito rápido, e é a seguinte: o Governo Renan Filho não cumpriu a palavra! Senão, vejamos: a data-base da rede estadual é maio, e a primeira proposta só foi apresentada pelo governo em junho. As rodadas de negociação seguintes trouxeram poucos avanços, apesar dos estudos apresentados pelo Sinteal ao governo provarem que a educação tem recursos suficientes para aplicar o reajuste exigido.
“A situação é grave, e a solução é greve! Já esperamos tempo demais. Este governador está brincando com os servidores públicos. Ele aprofundou a crise na educação”, afirmou Consuelo Correia. A proposta de greve foi aprovada pela plenária, assim como um primeiro calendário de mobilizações, que acontecerão em Maceió e no interior, a partir do próximo dia 16/07 (5ª feira).
Já no dia 17/07 (6ª feira) acontecerá um ato público conjunto com as outras categorias de servidores estaduais, organizado pela CUT, que relembrará o histórico 17 de julho de 1997, momento para um protesto de peso dos trabalhadores e trabalhadoras em Alagoas contra o “governo” Renan Filho.
Governo de Alagoas apela para o bom senso dos educadores
O Governo do Estado de Alagoas se posicionou sobre a decretação de greve dos servidores da Educação. Não há, até o momento, um comunicado oficial sobre a paralisação das atividades.
Nota de esclarecimento
Diante da deflagração de greve dos trabalhadores da Educação Estadual, o Governo de Alagoas informa que não foi oficialmente comunicado a respeito da paralisação das atividades dos servidores. A Secretaria de Estado da Comunicação salienta que soube da decretação da greve via imprensa.
Por outro lado, o Governo de Estado recorda que sempre se utilizou do livre diálogo e canal aberto de negociação, estabelecendo, inclusive, para o movimento da Educação uma tratativa diferenciada das demais categorias estaduais.
O Governo de Alagoas apela para o bom senso dos profissionais de Educação e pede pela suspensão imediata do movimento grevista.
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