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Hospital Geral do Estado está abastecido, garante direção

06/07/2015
Hospital Geral do Estado está abastecido, garante direção
Desabastecimento do HGE teve origem no governo passado, que não realizou os pagamentos aos fornecedores da Sesau e fez compras acima de R$ 100 milhões, sem respeitar o processo legal (Foto: Neide Brandão)

Desabastecimento do HGE teve origem no governo passado, que não realizou os pagamentos aos fornecedores da Sesau e fez compras acima de R$ 100 milhões, sem respeitar o processo legal (Foto: Neide Brandão)

O maior hospital estadual de Alagoas, o Hospital Geral do Estado (HGE), teve seu estoque de medicamentos e demais insumos regularizados nas últimas semanas. O abastecimento vem sendo feito pela Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que envia os medicamentos e demais itens de uso hospitalar, adquiridos através de processo licitatório emergencial. Contratos emergenciais irão garantir material estocado por 180 dias, com os fornecedores fazendo entrega regular.
“O HGE atende cerca de 500 pacientes por dia de, praticamente, todas as especialidades. É o único hospital do Estado com as portas abertas 24 horas por dia. Para se ter uma ideia da dimensão de materiais utilizados na unidade hospitalar, 12 mil unidades de captopril, medicação utilizada para o tratamento de hipertensão, são utilizadas em menos de 15 dias, devido a rotatividade de pacientes do hospital”, ilustrou a diretora do hospital, Verônica Omena.
De acordo com ela, o estoque do hospital está dentro do nível recomendado. “A população pode ficar tranquila que nenhum paciente do hospital deixará de ser atendido adequadamente. O governo do estado tem olhado com carinho e respeito para a saúde alagoana”, comentou.
A dona de casa, Salete da Silva, é avó do pequeno Ricardo da Silva (10 anos), que acaba de receber alta do hospital. Ele fez uso de antibióticos e anti-inflamatórios, após um processo cirúrgico. Dona Salete contou que não teve problemas com as medicações do neto. “Todos os dias, as enfermeiras vinham medicá-lo e nunca me pediram para comprar nada. Estava muito assustada com o que escutava sobre o hospital, sobre falta de medicamentos e compra por parte dos familiares. Fico feliz de viver uma realidade bem diferente,” descreveu.
Origem do Desabastecimento – o desabastecimento do HGE teve origem no governo passado, que não realizou os pagamentos aos fornecedores da Sesau e fez compras acima de R$ 100 milhões, sem respeitar o processo legal. Para solucionar o problema, o Governo do Estado determinou que a Controladoria Geral do Estado (CGE) auditasse mais de seis mil processos gerados pelo governo passado.
Desse total, mais de três mil já foram auditados e, com base no Decreto 39.456, de 20 de fevereiro de 2015, instaurou-se sindicância interna para apurar as responsabilidades pelas compras efetuadas sem respeitar a legislação vigente.
Seguindo a determinação do governador Renan Filho e com o parecer favorável da Procuradoria Geral do Estado (PGE), a secretaria de saúde iniciou o reabastecimento do HGE em menos de 24h após inspeção realizada pelo governador. Também implantou um novo e moderno sistema para agilizar o armazenamento, a distribuição e evitar o desperdício de medicamentos na rede pública de saúde. A implantação do sistema visa combater o desperdício de medicamentos, como ocorria na gestão passada, oferecendo dados precisos das necessidades mensais de cada unidade.
Funcionamento farmacêutico no HGE – O hospital Geral possui uma Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF), localizada no térreo do hospital, e três farmácias satélites, em áreas específicas da instituição o que racionaliza a dispensação e controla o estoque dos medicamentos. O serviço é responsável pelo planejamento, organização, execução e controle das atividades ligadas à seleção, aquisição, avaliação, recepção, armazenamento, conservação e distribuição de medicamentos e materiais médico-hospitalares.
O trabalho funciona da seguinte forma, após autorização da prescrição feita pelo médico, cada preparação é dispensada por horário com todas as informações sobre o seu destinatário, juntamente com todo material necessário para sua administração. O farmacêutico observa aspectos na prescrição, como: doses incompatíveis, estabilidade dos medicamentos, interações e incompatibilidades medicamentosas, proporcionando desta forma uma completa interação entre a equipe multidisciplinar (enfermagem, equipe médica e nutrição).