O ex-jogador do Flamengo, Zico, anunciou candidatura à presidência da FIFA. O brasileiro precisará do apoio de cinco confederações para conseguir entrar na disputa. “Mesmo trabalhando, quando tomo uma decisão, faço questão de que todos saibam. Por isso botei no meu Facebook a minha candidatura à Fifa. Acho que seria meu dever ao chegar no Brasil falar aos meios de comunicação. Em respeito a vocês, gostaria de ratificar essa decisão que tomei, dessa possibilidade a vir a ser candidato na Fifa nas próximas eleições”, afirma o ídolo do Mengão.

No entanto, Zico anunciou a intenção de disputar o cargo desde que as regras da eleição sejam alteradas. “Não conversei com ninguém. Eu sou contra isso de ser indicado. Já pode começar aí uma troca de favores. A eleição deve ser feita pelos seus serviços prestados ao futebol”, garante o Galinho.

O eterno camisa 10 não esqueceu dos problemas do futebol no Brasil. Como José Maria Marin, ex-presidente da CBF, é um dos principais envolvidos na atual crise da Fifa. A presidente DIlma pediu investigações da Polícia Federal e não negou a chance de uma intervenção do Governo na questão. “Só pode existir se houver possibilidade de erros que façam isso acontecer. Quando eu estava na Secretaria de Esportes, a única confederação que não pegava recursos era a CBF. A partir do momento que você pega recursos, tem que prestar contas, e a CBF não queria isso”, afirma Zico.

Quando questionado se deveria tentar primeiro a CBF, para depois ir para a Fifa. O Galinho afirmou que vê mais chances de conseguir uma vaga na entidade máxima do futebol do que no Brasil. “Existe mais possibilidade na Fifa que na CBF. Em tempos atrás, o Sócrates tentou ser candidato, mas as federações não o apoiavam. As 27 federações estão quase todas de acordo com o que está aí na CBF, então você não tem a menor chance de se candidatar. É lógico que o ideal é aqui no Brasil, mas infelizmente as regras do jogo não favorecem as pessoas do meio”, completa.