Em todo o estado, 370 mil alunos de 750 escolas públicas se submeteram às provas, as quais foram aplicadas na última terça-feira (02) para 19 milhões de estudantes brasileiros (Foto: Valdir Rocha)

Mais de 60 mil estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio da rede estadual em Alagoas participaram da primeira fase da 11ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Em todo o estado, 370 mil alunos de 750 escolas públicas se submeteram às provas, as quais foram aplicadas na última terça-feira (02) para 19 milhões de estudantes brasileiros.
A prova consistiu em 20 questões de raciocínio lógico e, de acordo com o coordenador da OBMEP pela Secretaria de Estado da Educação, Roohelmann Pontes, as escolas terão até sexta-feira (06) para enviarem os cartões-resposta dos classificados para a segunda fase.
O responsável pela logística na rede estadual informou também que cada Coordenadoria Regional de Educação (CRE) destinará pelo menos uma escola para a realização das provas da próxima fase, marcada para 12 de setembro.
“Temos até 12 de agosto para divulgar os classificados e locais de provas, de acordo com os resultados das provas de terça. Pela média, a expectativa é que até 10% desse total se classifiquem para a segunda fase”, avaliou.

Preparativos

Desde o início do ano, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Secretaria de Estado da Educação e municípios mobilizam as escolas públicas alagoanas para o evento.
“Fizemos esse trabalho de preparação, apresentando nas escolas todo o regulamento da olimpíada”, explicou Roohelmann.
Diretores e alunos da rede estadual também confirmam a atenção para o período preparatório com vista em melhores resultados. É o que afirmou a diretora geral da Escola Estadual José da Silveira Camerino, Dirlene Monte. “Os professores realizaram formações e trabalharam em sala de aula com materiais de outras edições na preparação dos alunos”, informou.
Para a estudante do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Moreira e Silva, Esthefanny Maria Severiano, que participou da olimpíada pela segunda vez, a preparação foi fundamental. “Gostei muito da prova. Tinha visto os assuntos e isso facilitou bastante”, declarou.

Investimento

Além de promover o estímulo e a descoberta de novos talentos na disciplina, a Olimpíada também investe nos estudantes que demonstram potencial para a Matemática. Os medalhistas de bronze, prata e ouro recebem bolsas de iniciação científica e formação pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), instituição que coordena a OBMEP no estado.
Segundo o coordenador do evento em Alagoas, professor Adelailson Peixoto, a concessão dos benefícios demonstra que a olimpíada não só tem uma visão social, mas também investe na qualificação de jovens talentos durante a trajetória estudantil.
“Temos 67 medalhistas recebendo bolsas e participando de cursos de formação nos campus Maceió e Arapiraca com professores da universidade. Quando estes estudantes chegam ao Ensino Superior, eles também se credenciam a receber bolsas. Hoje temos 20 ex-medalhistas com bolsas de pesquisa na Ufal”, declarou.