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Defesa Civil trabalha para a redução das áreas de risco do Vale do Paraíba

Com o intuito de melhorar a qualidade de vida – e de segurança – da população que vive às margens do Vale do Paraíba e Mundaú, a Defesa Civil do Estado começou, nesta quarta-feira, 27, um trabalho de redução de risco da área ribeirinha, em Pilar. A meta inicial diz respeito a plantação de 250 mil mudas por ano, o que deve, segundo a expectativa da Defesa Civil, durar quatro anos para se chegar a um milhão de mudas. Com o reforço na vegetação ciliar, o risco de desabamentos e demais ocorrências desastrosas é reduzido.
Para lançar o projeto, representantes da Defesa Civil escolheram homenagear o Dia Nacional da Mata Atlântica para iniciar o trabalho no município que abriga a foz do Rio Paraíba – Pilar. “É um grande projeto, um projeto audacioso, que busca salvar pela prevenção”, justificou o major Moisés Melo, coordenador estadual da Defesa Civil.
São cinco anos em que as vítimas da enchente de 2010 olham para uma única paisagem que tem como componente principal, a devastação. A vegetação nativa que abrigava boa parte da paisagem do vale acabou perdendo a cor.
“A situação real, hoje, depois de 2010, muitas áreas foram devastadas. Com essa degradação, não foi feito uma recuperação. O propósito da Defesa Civil é diminuir essa área de risco, impedindo que as pessoas voltem a morar às margens do rio; consequentemente, o reflorestamento se torna um passo primordial para que isso não aconteça e que a gente possa ter o rio revitalizado para um futuro bem próximo”, explica Moisés Melo.
Para colocar o projeto em prática, a Defesa Civil conta ainda com o apoio do Ibama, Semarh, IMA e as coordenadorias da Defesa Civil em cada município. “Só a Secretaria de Meio Ambiente está disponibilizando 50 mil mudas para este projeto! O IMA melhorou o nosso pré-projeto, o Ibama disponibilizou os seus técnicos. Cada um ajudando de um jeito”, ressaltou Melo.
Para deixar o reflorestamento ainda mais especial, os técnicos da Defesa Civil contaram com o apoio das crianças de uma escola municipal da cidade de Pilar para plantar as mudas.
“Nós temos que envolver as crianças nesse projeto porque é algo feito para o futuro, onde busca uma melhor qualidade de vida para os nossos filhos. Muito se fala de meio ambiente, mas temos que colocar essa fala na prática e, para isso, temos que mostrar para as crianças com ação”, explicou Melo.
E o que não faltou para a criançada foi empolgação! As crianças foram orientadas por técnicos da Defesa Civil e plantaram várias mudas nas proximidades do Rio Paraíba.
“Eu nunca tinha plantado algo e é muito legal! Principalmente colocar essas plantas bonitas em um lugar que foi estragado”, comenta Isabella Tavares, 12 anos.
O próximo passo do projeto é contemplar outras cidades que sofreram com a enchente do Rio Paraíba, em 2010, como Santa Luzia do Norte, Atalaia, Capela, Cajueiro, Viçosa, Paulo Jacinto e Quebrangulo.
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