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Expedição do Rio São Francisco busca novos sítios arqueológicos em Pão de Açúcar

A Equipe de Mineração e Resíduos Sólidos subiu, nesta quarta-feira (27), um dos morros da Serra Grande, com altitude superior a 600 metros, próximo ao povoado de Torrões, no município de Pão de Açúcar, em busca de novos sítios arqueológicos. No entanto, após horas de procura, nenhuma pintura rupestre foi encontrada até agora.
“A nossa expedição nas matas foi bastante complicada, devido ao acesso acidentado da região e à vegetação fechada de Mata Atlântica. O que podemos afirmar, com base nas orientações técnicas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), é que a fisionomia dos solos e características das rochas sugerem a presença de sítios arqueológicos”, destacou o coordenador do grupo, o analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Maurício Cerqueira.
O arqueólogo do Iphan Pétrius da Silva encontrou fragmentos de cerâmica antiga de origem indígena, conforme análise preliminar. Há também relatos de trabalhadores rurais sobre pinturas rupestres em pedras da serra. “O material será encaminhado à Superintendência do Instituto em Alagoas para que especialistas também possam analisá-lo e darem um parecer sobre o valor histórico ou pré-histórico das peças”, explica. O Iphan deve dar continuidade à buscas na região.
Durante a expedição, foram constatados diversos locais com vestígios de supressão de vegetação, inclusive em um assentamento, sem qualquer autorização dos órgãos competentes. Um dos locais corresponde a uma Área de Preservação Permanente às margens do Rio São Francisco. O autor foi devidamente identificado e intimado pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) a prestar esclarecimentos sobre a situação encontrada. Já os assentados foram orientados pelo órgão estadual a interromperem a degradação da mata até que se defina a área produtiva de cada um deles.
Além dos órgãos citados, participaram da atividade técnicos do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea/AL) e Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e Ministério Público do Estado de Alagoas, além de policiais do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA).
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