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Encontro afro alagoano debate racismo e as relações humanas na atualidade

23/05/2015
Encontro afro alagoano debate racismo e as relações humanas na atualidade
A presidente do Instituto Raízes de Áfricas, professora Arísia Barros, ressaltou que “o momento tem como propósito discutir a África que existe em cada um de nós e quanto esta África é estereotipada” (Fotos: Thiago Sampaio)

A presidente do Instituto Raízes de Áfricas, professora Arísia Barros, ressaltou que “o momento tem como propósito discutir a África que existe em cada um de nós e quanto esta África é estereotipada” (Fotos: Thiago Sampaio)

Discutir o racismo e a construção das relações humanas na atualidade é a finalidade do XIX Seminário Afro Alagoano Ígbà Émí Wá, aberto nesta sexta-feira (22), no auditório Aquatune, no Palácio República dos Palmares. O encontro é uma realização do Instituto Raízes de Áfricas e tem o apoio do Governo do Estado, Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea) e do Ministério Público Estadual.
A abertura do evento contou com a presença do secretário de Comunicação Ênio Lins, da secretária da Mulher e dos Direitos Humanos, Roseane Cavalcante, Rosinha da Adefal, e do promotor do Ministério Público Estadual Sérgio Jucá.
Ígbà Émí Wá, segundo a presidente do Instituto Raízes de Áfricas, professora Arísia Barros, significa “eu estou aqui”. Para a professora, “o momento tem como propósito discutir a África que existe em cada um de nós e quanto esta África é estereotipada. A gente é muito mais que batuque, que capoeira. Nós somos a primeira república livre e negra da América Latina”, ressaltou Arísia Barros.
O secretário Ênio Lins falou em nome do governador Renan Filho, que se encontrava em outro evento, anteriormente agendado. Ênio Lins ressaltou a importância da valorização e da integração racial e destacou o relevante papel da professora Arísia Barros nas discussões do tema em Alagoas.
Segundo a secretária Rosinha da Adefal, o momento é enriquecedor para a garantia e efetivação de políticas públicas de direitos humanos no Estado. “Venho dos movimentos sociais, mas especificamente das lutas pela pessoa com deficiência, e Arísia realmente tem sido uma professora”, afirmou a secretária Rosinha.
O encontro também contou com a participação da pedagoga e mestranda em Educação, pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Janny Hadassa, expositora de uma pesquisa realizada com alunos de 6°, 7° e 9° anos do ensino fundamental, que abordou a postura da educação sobre a diversidade étnico-racial, além do reconhecimento dos alunos com relação à temática.
A pesquisa também avaliou a aplicabilidade da Lei 10.639, que estabelece a obrigatoriedade do ensino sobre história e cultura afro-brasileiras nas escolas de ensino médio, oficiais e particulares, em todo o Brasil.
O encontro prossegue na próxima segunda-feira ( 25), com a presença da consulesa da França, em São Paulo, Alexandra Loras. A representante francesa é jornalista e nasceu em um gueto parisiense.