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Forças de segurança se unem em defesa do projeto Bombeiro Mirim


Duas vezes por semana as crianças recebem instrução dos bombeiros. Há reunião com os pais para que conheçam o conteúdo das aulas e as intenções dos militares (Fotos: Ascom CB)
A frase é enfática: “Somos apaixonados por esse projeto”. A declaração é de uma bombeira em relação ao projeto Bombeiro Mirim, do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas que existe há seis anos e acompanha crianças em áreas críticas de Maceió e Arapiraca. O projeto foi apresentado à cúpula da segurança pública de Alagoas na tarde dessa quarta-feira (20) e encantou as autoridades.
Numa mescla de treinamento militar, orientações de ética e cidadania, de primeiros socorros, higiene pessoal, prática de educação física até extinção de princípio de incêndios, 300 crianças se tornam a cada ano bombeiro mirim. Até agora são 1.173 crianças, de 10 a 16 anos, acompanhadas pelos bombeiros. “Não temos notícia de um só caso de criança que tenha se envolvido com drogas ou coisa errada”, declara a bombeira Taciana Alves, instrutora do projeto.
O Bombeiro Mirim é um conjunto de ações de inclusão social que está focado na contribuição para a melhoria da população de Alagoas, proporcionando às crianças moradoras de áreas vulneráveis ao crime, formação moral, educativa, e até profissional. As crianças e adolescentes precisam estudar para participar do projeto, e, segundo os pais, passam a apresentar melhor comportamento em casa, além de manterem-se distanciados das drogas.
Trabalhando em conjunto com as Bases Comunitárias de Segurança, em Maceió o programa está presente nos bairros Pontal da Barra, Vergel do Lago, Jacintinho; nos conjuntos Clima Bom, Carminha e Luiz Pedro. A cidade de Arapiraca também tem o chamado polo Bombeiro Mirim.
Duas vezes por semana as crianças recebem instrução dos bombeiros. Há reunião com os pais para que conheçam o conteúdo das aulas e as intenções dos militares. Na programação são incluídas viagens, passeios, comemoração de datas importantes, jogos internos entre os polos, desfiles cívicos e apresentações.
“Esse projeto na escola afastou as crianças da ociosidade, facilitou nosso trabalho; a criança vai mudando. Gostaríamos que o Bombeiro Mirim não acabasse”, pediu Cláudia Jorge, diretora da Escola Jarede Viana.
A apresentação do projeto entusiasmou o secretário adjunto Delano Sobral, representando o secretário Alfredo Gaspar de Mendonça Neto na reunião. “Vejo brilho nos olhos de cada um desse projeto. São as pessoas certas naquilo onde elas podem mais dar certo”, afirmou Sobral.
O secretário adjunto de Ressocialização, tenente-coronel Marcos Sérgio Santos, disponibilizará pães produzidos no sistema prisional para o projeto.
“O Bombeiro Mirim precisa de ajuda porque não pode parar algo que vem dando tão certo”, pontuou a soldado Taciana.
Os participantes estão inseridos no programas Menor Aprendiz e Primeiro Emprego.
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