Geral

Justiça condena ex-diretor da Petrobras a 7 anos de prisão

22/04/2015
Justiça condena ex-diretor da Petrobras a 7 anos de prisão
Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, durante sessão da CPI da Petrobras  (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, durante sessão da CPI da Petrobras
(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

    A Justiça Federal condenou o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa por pertencer a organização criminosa e por lavagem de dinheiro, crimes ligados a desvios de recursos na construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Costa já está em prisão domiciliar no Rio de Janeiro e foi agora condenado a sete anos e seis meses.
O doleiro Alberto Youssef, apontado pela Polícia Federal como um dos operadores do esquema, e outros seis réus no processo que envolve a refinaria Abreu e Lima também foram condenados. Todas as sentenças foram em primeira instância e cabe recurso, de acordo com a Justiça.
Do total da condenação de Costa, publicada nesta quarta-feira, será descontado o período em que ele ficou preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba, e em regime domiciliar no Rio de Janeiro. Ele cumpre prisão em casa desde outubro de 2014.
Ainda conforme a decisão, ele continuará a cumprir prisão domiciliar até 1º de outubro de 2016, com uso de uma tornozeleira eletrônica. Depois disso, Costa passará a cumprir pena em regime aberto em condições “a serem oportunamente fixadas e sensíveis às questões de segurança”, relatou o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela condenação.
Sobre a lavagem de dinheiro, o juiz destacou no despacho que as provas reunidas contra Costa, inclusive por sua própria confissão, indicam que ele passou a dedicar-se à prática do crime.
No despacho, o juiz também condenou Márcio Andrade Bonilho e Waldomiro de Oliveira, do Grupo Sanko Sider, pelo crime de pertinência à organização criminosa envolvendo a mesma refinaria. Esdra de Arantes Ferreira, Leandro Meirelles, Leonardo Meirelles e Pedro Argese Junior, além do próprio Bonilho, também foram condenados por vinte crimes de lavagem de dinheiro.