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HGE, UE do Agreste e Samu atenderam quase 70 mil pessoas no primeiro trimestre de 2015

21/04/2015
HGE, UE do Agreste e Samu atenderam quase 70 mil pessoas no primeiro trimestre de 2015
Com diabetes e hipertensão, Cícera Domingos não encontrou atendimento em seu município de oriegem e migrou para o HGE

Com diabetes e hipertensão, Cícera Domingos não encontrou atendimento em seu município de origem e migrou para o HGE

Referências em Alagoas para o atendimento de urgência e emergência, o Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca, e o Serviço de Atendimento de Urgência (Samu), que cobre 100% do território alagoano, realizaram 69.743 atendimentos no primeiro trimestre deste ano.  Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (17), pelo Centro de Processo Dados (PCD) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
Desse total, o HGE atendeu 40.369 pacientes, seguido pelo Samu que prestou socorro a 17.685 e pela Unidade de Emergência do Agreste, que recebeu 11.689 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). No caso do HGE, o que chama a atenção é o fato de 22.422 atendimentos terem sido clínicos, o que corresponde a mais de 65% do número de registros do primeiro trimestre, evidenciando que a maioria dos pacientes deveria receber atendimento em outras unidades.
De acordo com a diretora do HGE, Verônica Omena, os dados mostram o porquê de, em alguns momentos, a unidade estar com um fluxo de atendimento maior do que a sua capacidade. “Somos um hospital porta aberta e aqui os alagoanos sabem que ninguém fica sem atendimento. Mesmo trabalhando acima de nossa capacidade, nunca fechamos deixamos de atender ninguém. Para se ter uma ideia, dos mais de 40 mil pacientes que entraram no HGE neste trimestre, 30.646 receberam alta,” salientou.

Constatação – Maria Cícera Domingos, de 64 anos, faz parte da relação de casos clínicos atendidos no primeiro trimestre deste ano pelo HGE. A paciente, oriunda de Marechal Deodoro, deu entrada no HGE no dia 23 de março com infecção urinária e uma anemia gravíssima. Ela ficar dois dias na área Vermelha, mas, agora, está prestes a receber alta médica.
A acompanhante da paciente, Maria do Ó Pereira, contou que ela chegou a receber três bolsas de sangue. “Ela é diabética, hipertensa, toma de cinco a seis remédios por dia. Na hora do aperreio corremos para o HGE, porque o hospital da região está em reforma e a UPA acabou dando alta para ela tratar a infecção em casa. Aqui no Hospital Geral [do Estado] as coisas são resolvidas”, destacou Maria do Ó.
E durante os primeiros três meses deste ano, o HGE também prestou assistência a 8.967 vítimas de acidentes casuais, 2.895 de acidentes de trânsito, 940 de agressões, 898 vítimas de acidentes de trabalho, 159 de queimaduras, 80 de tentativas de suicídio, sete afogamentos e uma de estupro.

UE do Agreste – Na Unidade de Emergência do Agreste, dos 17.685 atendimentos registrados no primeiro trimestre, 2.989 foram vítimas de acidentes de trânsito, contra 3.185 do mesmo período do ano passado, o que representa 196 pessoas a menos.
Na contramão dessa redução, as quedas de motocicletas, atropelamentos por moto, por carro, colisões entre carros, carro com poste, moto com poste e carro com animal aumentaram no período. As quedas mais significativas foram registradas nas colisões carro com moto, colisão entre motos, queda de veículo em movimento, capotamentos, colisões carro com bicicleta, carro com árvore, moto com árvore e acidentes envolvendo motonetas.
Celso Marcos, diretor médico na Unidade de Emergência do Agreste, alerta que os números ainda estão altos. “É necessário que as autoridades massifiquem o trabalho educativo, preventivo e, em último caso, punitivo às pessoas que insistem em infringir as regras do trânsito, que ainda é considerado bastante violento na região do Agreste e Sertão”, frisou o médico.

Samu – Já no Samu – que possui as Centrais Maceió e Arapiraca, além de Bases Descentralizadas a cada 30 km – dos 17.685 atendimentos realizados nos três primeiros meses deste ano, 8.683 foram orientações médicas.  Esses atendimentos foram relacionados a engasgos, febre alta, queimaduras e mal-estar.
Os atendimentos psiquiátricos também apresentaram um índice alto, ou seja, em 90 dias, foram 503, uma média de 5,58 por dia. Os acidentes relacionados a trânsito corresponderam a 2.278, sendo 1.047 em Arapiraca e 1.231 em Maceió. Já os atendimentos a vítimas de arma de fogo foram 211 e de arma branca 148.
O Samu Alagoas também realizou 461 atendimentos obstétricos, representando uma média de 5,12 por dia. E mesmo sendo atribuição do Samu realizar apenas atendimentos de urgência e emergência, os profissionais realizam 5.332 atendimentos clínicos nos três primeiros meses do ano.
E o Samu Aeromédico realizou 42 atendimentos no primeiro trimestre deste ano, transportando vítimas de acidentes graves até o HGE e outras unidades hospitalares. Quanto ao Serviço de Motolância, foram 162 atendimentos no mesmo período.
Um dado preocupante, segundo o gerente do Samu Maceió, Lucas Casado, diz respeito ao número de trotes contabilizados. Isso porque, nos primeiros três meses de 2015 foram registradas 186.132 ligações, das quais 61,64% (128.468 ligações em Maceió) e 89,71% (57.964 ligações em Arapiraca) foram de trotes.
“Por isso, orientamos que as pessoas não passem trotes para o Samu. Ao parar para atender uma ligação indevida, alguém que realmente precisa pode deixar de ser socorrido”, salientou Lucas Casado.