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ALIMENTO REGIONAL: 70 por cento dos maceioenses consomem feijão cinco ou mais dias por semana

21/04/2015
ALIMENTO REGIONAL: 70 por cento dos maceioenses consomem feijão cinco ou mais dias por semana
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Foto: Carla Cleto

    Quando se trata do alimento mais consumido pelos brasileiros, o feijão é a leguminosa mais importante e é ainda item típico da Região Nordeste. Principal fonte de proteína, ferro, vitaminas do tipo B, magnésio, potássio e ácido fólico, o feijão é consumido por 70,4% dos maceioenses, cinco ou mais dias por semana.
Os dados são da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel 2014), que coloca a capital alagoana acima da média nacional no consumo do feijão, que é de 66%. Para a nutricionista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Sybelle Araújo, a alternância entre diferentes tipos de feijão, e de outras leguminosas, amplifica o aporte de nutrientes e traz novos sabores e diversidade para a alimentação.
Feijão preto, mulatinho, carioca, branco, verde. Essa variedade de feijão aceita os mais diferentes temperos e combinações com outros alimentos e pode conter até 20 gramas de proteína a cada 100 gramas da leguminosa. Quanto ao aspecto culinário, os feijões podem ser apresentados simplesmente cozidos, com os grãos inteiros ou amassados, formando caldo grosso; ou como sopa, salada, farinhas e muitas outras formas salgadas e doces.
O preparo de feijões (e de outras leguminosas) pode ser demorado em face do período prolongado de cozimento. A orientação da nutricionista é abreviar esse tempo, o que inclui lavar os grãos e deixá-los de molho por algumas horas antes do cozimento. “Neste caso, recomenda-se descartar a água em que o feijão ficou de molho e usar outra para cozinhá-lo”, sugeriu.
Outra boa alternativa, conforme a nutricionista, é cozinhá-lo em panela de pressão. Além disso, feijões cozidos em maior quantidade em um único dia podem ser armazenados no congelador para uso em preparações feitas ao longo da semana.
Os benefícios do consumo do feijão são a diminuição do risco de doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes e colesterol, além de ajudar na prevenção e tratamento da anemia, câncer e retardar o envelhecimento. No entanto, há quem não goste de comer esses grãos nutritivos, como a assistente administrativa Amanda Cavalcante.
“É uma questão de gosto mesmo, não tenho o hábito de comer feijão, mas minha nutricionista recomendou outros alimentos para substituir esse grão nas refeições”, contou Amanda. Outras leguminosas nutritivas são a lentilha, vagem, ervilha, soja e grão-de-bico, que são opções para variar o cardápio sem perder os nutrientes.

    Combinação – Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), um prato de arroz com feijão garante a absorção de mais de 80% da proteína encontrada nestes alimentos. A mistura de feijão com arroz é a mais popular no país, podendo ser considerada uma dupla inseparável devido à riqueza de nutrientes. “Aminoácidos que um não tem o outro possui, por exemplo”, citou Sybelle Araújo.
Alimentos Regionais Brasileiros – Desenvolvido como complemento do Guia Alimentar para a População Brasileira, lançado em novembro de 2014, o ‘Alimentos Regionais Brasileiros’ é uma publicação que pretende incentivar especialmente o aumento do consumo de frutas, legumes e verduras.
Além de orientar sobre o tipo de alimento (características e uso culinário), a publicação traz informações de como comer e preparar a refeição, uma lista de possíveis substituições para as preparações desenvolvidas, ressaltando a diversidade cultural brasileira.  A versão digital está disponível no portal do Ministério da Saúde, no endereço eletrônico http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/livro_alimentos_regionais_brasileiros.pdf.