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Chacina do Corinthians: ninguém foi preso até agora

Os corpos das vítimas da chacina na sede da torcida organizada do Corinthians Pavilhão Nove devem ser enterrados nesta segunda-feira . Até o final da noite deste domingo, 19, ninguém tinha sido preso. Segundo a polícia, quatro dos mortos já responderam por crimes de tráfico de drogas ou de roubo.
Esse foi o quarto caso de assassinatos em série na capital em menos de dois meses. Nos outros três, 20 pessoas foram mortas a tiros.
O caso aconteceu por volta das 23 horas de sábado, ao final de uma festa na sede. Segundo relato de testemunhas, que não estavam encapuzados, entraram armados na sede da torcida.
Ao menos quatro integrantes da torcida conseguiram escapar. Um faxineiro foi poupado pelos assassinos e os oito restantes acabaram rendidos.
Forçados a deitar no chão, receberam tiros na parte posterior da cabeça. Seis vítimas foram atingidas por um tiro na nuca e uma delas também foi acertada no braço direito. Outro homem levou quatro tiros –um no ombro direito, um nas costas, um no maxilar esquerdo e um na coxa direita. E outra vítima foi atingida no tórax.
Sete morreram no local. O músico Mydras Schmidt Rizzo, 38, mesmo ferido, correu e pediu ajuda num posto de combustíveis. Morreu minutos depois de chegar ao hospital.
A TORCIDA – A torcida foi fundada em setembro de 1990, numa homenagem de amigos corintianos ao time de futebol da antiga casa de detenção do Carandiru. A entidade tem como símbolo a figura de um dos irmãos Metralha, da Disney, e atua também como bloco carnavalesco paulistano.
De acordo com o delegado Arlindo José Negrão Vaz, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), por ora está descartada a hipótese de relação da chacina com briga de torcida.
Paulo Castilho, promotor do Ministério Público que trata das torcidas organizadas, também rejeitou a ligação.
A relação das torcidas organizadas com o tráfico tem sido alvo de investigações da polícia. Facções que atuam em presídios. Também é investigada a hipótese de o crime ser uma vingança por causa de dois homicídios acontecidos há um mês, em Osasco, na Grande São Paulo.
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