A recém-nascida Maria Vitória deve ganhar um novo lar a partir desta sexta-feira (10). Isto porque o juiz da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Palmeira dos Índios, José Miranda dos Santos Júnior, concedeu nesta manhã a guarda provisória da criança a um casal que estava na fila de espera para adoção. O bebê foi enterrado em uma cova rasa pela mãe um dia após dar a luz à criança. Ela foi detida ao se entregar à Polícia Civil e acusou o pai de tê-la obrigado a matar a criança.
De acordo com o magistrado, a guarda da menina foi dada ao casal por motivo de segurança do bebê. Segundo ele, se a criança fosse entregue à avó ou a qualquer outro parente, ela estaria exposta a qualquer possível ação da mãe. “O dever da Justiça é resguardar a criança de qualquer perigo. A mãe tentou matar a criança e, se ela fosse entregue a avó, por exemplo, a mãe poderia ter acesso a ela e tentar, mais uma vez, atentar contra a vida da bebê. Por questões de segurança decidi dar a guarda provisória a este casal”, explicou o magistrado.
O juiz acrescentou que a avó da menina já havia manifestado que não teria interesse em ficar com a guarda da pequena Maria Vitória, porque a mãe da criança já havia a ameaçado de morte. “A mãe supostamente possui problemas psicológicos e afirmou em depoimento que havia sido obrigada pelo pai da criança e agora a avó relatou que já sofreu ameaças. Por bem, decidi manter a criança longe da família”, finalizou.
O pai da criança já foi identificado e preso pela polícia, mas sua identidade permanece em sigilo até que o inquérito seja concluído.