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Tuberculose: abandono ao tratamento é o maior obstáculo a ser vencido em AL
Milhares de pessoas no mundo continuam sendo afetadas pela tuberculose, uma doença milenar, mas que ainda é ignorada pela população. No Brasil e, em especial, Alagoas, os casos continuam a ser registrados, apesar das ações realizadas pelos gestores de saúde. A situação poderia ser diferente, caso os pacientes não abandonassem o tratamento, que é simples e está disponível gratuitamente nas Unidades de Saúde.
A tuberculose representa um sério problema de saúde pública e ocorre principalmente entre a população socialmente vulnerável, especialmente os que residem em favelas, moradores de rua, reeducandos. A doença também afeta os portadores ou infectados com o vírus HIV, o que agravou mais a situação. No Brasil, em 2013, foram notificados 70 mil casos novos.
Em Alagoas, no ano passado conforme destaca Alda Rodrigues, técnica do Programa de Tuberculose da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), foram registrados 1.008 casos novos. Desse total, 63% evoluíram para cura e 9,1% abandonaram o tratamento. Geralmente, entre os portadores da doença, os que mais abandonam o tratamento são os usuários de álcool, drogas e fumo.
Tratamento
E o combate ocorre através da busca ativa de sintomáticos, ou seja, pessoas com três ou mais semanas de tosse. Quem apresentar este sintoma deve de imediato procurar o serviço de saúde mais próximo de sua casa, onde será feita o exame de baciloscopia ou o teste rápido. Este último está sendo feito no segundo Centro de Saúde, em Maceió, que é referência.
Após ser detectada a doença, Alda Rodrigues informou que o tratamento é iniciado de imediato e tem duração de seis meses. A técnica afirmou que não há dificuldade para o paciente, porque é feito em um único comprimido, onde há quatro drogas. “A medicação é gratuita, disponibilizada pelo Ministério da Saúde, distribuída pela Sesau e dispensada pelos municípios nas unidades de saúde”, disse a técnica.
A tuberculose é uma doença que é transmitida de pessoa a pessoa, através do espirro, tosse e fala, uma vez que o paciente espalha no ar as bactérias, que podem ser aspiradas por outras pessoas. Após 15 dias de tratamento, não existe mais transmissão.
Casos mais graves
A maior incidência da tuberculose em Alagoas foi registrada nos municípios de Arapiraca; Coruripe, Delmiro Gouveia, Maceió, Marechal Deodoro, Palmeira dos Índios, Penedo, Pilar, Rio Largo, Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos, Teotonio Vilela e União dos Palmares. De acordo com Alda Rodrigues, prevenir é a principal forma de combater a doença.
Em Maceió, as unidades de referência para situações especiais da doença são os Hospitais Universitário e Hélvio Auto, além do II Centro de Saúde. No interior do Estado, a referência é o Centro de Referência Integrado (CRIA), em Arapiraca.
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