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Tratamento a dependentes químicos em AL vira exemplo para a Prefeitura de Recife

21/03/2015
Tratamento a dependentes químicos em AL vira exemplo para a Prefeitura de Recife
Vereadores de Recife conheceram como funciona o projeto Acolhe Alagoas

Vereadores de Recife conheceram como funciona o projeto Acolhe Alagoas

A rede voltada para o tratamento de dependentes químicos em Alagoas deve servir como base para o desenvolvimento das atividades da Secretaria de Enfrentamento ao Crack de Recife-PE – criada este ano.
A secretária pernambucana Aline Mariano e cinco vereadores da Frente Parlamentar de Combate ao Crack conheceram a sede do Projeto Acolher e visitaram uma comunidade acolhedora, em Marechal Deodoro, esta semana.
O grupo, também formado pelos vereadores Jaderval de Lima, Wanderson Florêncio, Eurico Freire, Luis Eustáquio e Michele Collins, foi recebido pelo secretário adjunto de Política sobre Drogas de Alagoas (Sepod), Cloves Benevides, que explicou as principais atividades realizadas no Estado para garantir o tratamento e a ressocialização de dependentes químicos.
“Alagoas é referência para muitos Estados. Recebe sempre gestores de municípios, gestores também de governos do Estado, e mais uma vez, um grupo de Recife buscou aqui as referências de um processo que hoje é moderno. Está testado. Está avaliado e que oferece oportunidades às pessoas, uma reabilitação social”, afirmou o secretário adjunto alagoano.
Na sede do Projeto Acolher, a secretária Aline Mariano e os vereadores conheceram o sistema onde está o banco de dados que garante toda a transparência do projeto. Dados atualizados mostram que mais de 15 mil dependentes químicos já foram atendidos em quatro anos de atividades.
“Alagoas hoje é um exemplo. É um exemplo muito próximo a Recife, até porque temos uma realidade muito parecida e claramente pra mim ficou posto que dá pra fazer”, contou a secretária Aline Mariano, durante a visita.

Atendimento

Quando o atendido chega na sede do Projeto Acolhe é feito um cadastro. É feita ainda a avaliação do caso e uma triagem para encaminhar o dependente químico para uma comunidade acolhedora. O prazo máximo de encaminhamento é de 12 horas.
“A gente sabe que a instabilidade emocional do dependente químico é altíssima. Se ele chega aqui de manhã, à tarde ele é encaminhado”, explicou Luan Gama, superintendente de Políticas sobre Drogas.
Nas comunidades, os dependentes químicos ficam até seis meses recebendo acompanhamento psicológico, além de atividades terapêuticas elaboradas por profissionais capacitados.
O grupo de Recife visitou a comunidade Nova Jericó, em Marechal Deodoro, que atualmente é responsável pelo tratamento de 40 dependentes químicos.
“O sistema funciona e é bem acessível à população. Infelizmente em Pernambuco nós não temos esse privilégio e é essa é a ideia que nós queremos levar aos nossos gestores, que nós sabemos que dá resultado”, contou a vereadora recifense, Michele Collins.