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Fábrica de vassouras deve ser implantada para qualificar reeducandos

20/03/2015
Fábrica de vassouras deve ser implantada para qualificar reeducandos
Experiência pernambucana pode inspirar medida de qualificação a ser implantada em Alagoas. (Foto: Divulgação)

Experiência pernambucana pode inspirar medida de qualificação a ser implantada em Alagoas. (Foto: Divulgação)

   Com o propósito de colocar em prática a determinação do governador Renan Filho de integrar as ações das secretarias em busca de novas soluções para velhos problemas sociais do Estado, o secretário do Trabalho e Emprego, Rafael Brito vai propor um fortalecimento na parceria com a Secretaria de Estado da Defesa Social e Ressocialização para a implantação de uma fábrica de vassouras no sistema prisional de Alagoas.
A proposta é resultado de uma visita que o secretário Rafael Brito fez a Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Lá, ele teve contato com as ações de qualificação implantadas no sistema prisional visando a ressocialização dos reeducandos.
“Além da fábrica que gera 60 vassouras mensais, os detentos têm a oportunidade de trabalhar em uma confecção de jeans que vende cerca de cinco mil peças por semana para a cidade de Toritama. Eles ainda atuam em uma fábrica de móveis, que atende a comunidade, além de trabalharem no próprio presídio. Na unidade prisional existe ainda uma rádio comunitária interna; uma padaria, que produz o pão consumido no sistema e uma oficina de pintura,” detalhou o secretário.
Rafael Brito destacou que entre as atividades a que mais chamou sua atenção foi a produção de vassouras por ser a mais viável neste primeiro momento da realidade alagoana, além de ter um apelo socioambiental.
“Como a matéria prima é a garrafa peti, ela deixaria de ir para o lixo, diminuindo a poluição do meio ambiente e a produção seria doada para as escolas da rede estadual de ensino. Por outro lado, com um custo baixo, estaríamos investindo na qualificação, através da Secretaria de Trabalho, para que os detentos possam ser capacitados e inseridos no mercado de trabalho ao pagarem suas penas”, lembrou Brito.
Impressionado com a experiência exitosa, o gestor ressaltou que o sistema prisional de Caruaru possui pouco mais de mil reeducandos, cuja maioria está ocupada desenvolvendo um trabalho de qualificação.
“Na conversa que tive com a direção, a informação é que há mais de quatro anos não houve ocorrência de fuga, nem incidência de brigas, pois todos estão entretidos em suas tarefas produzindo algo para a sociedade. É o exercício de uma política humanística para a reintegração de uma pessoa ao convívio social”, concluiu Rafael Brito.