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Comissão Europeia estuda proposta para combater imigração ilegal

A Comissão Europeia pretende apresentar, em maio, uma proposta para reduzir o grande fluxo de imigrantes que tentam entrar na Europa pelo Mar Mediterrâneo e outras rotas ilegais. Só no ano passado, mais de 270 mil pessoas ingressaram ilegalmente em países europeus, vindas da Síria, Paquistão, Líbia, Tunísia e de vários países da África Subsaariana. Cerca de 3,5 mil morreram tentando completar o trajeto.
Na última reunião do Conselho de Assuntos Internos da União Europeia, quinta-feira (12), em Bruxelas (Bélgica), o comissário para Assuntos Internos da União Europeia, Dimitris Avramopoulos, voltou a ressaltar a urgência da questão. Ele lembrou da tragédia ocorrida no dia 4 de março, quando dez pessoas morreram e quase 1 mil foram drasticamente resgatadas depois que uma embarcação virou ao tentar atravessar o Mar Mediterrâneo. “Os eventos recentes provam quão urgentes e difíceis são os desafios relacionados à imigração para a União Europeia”, disse ele.
Avramopoulos defendeu a criação de centros de atendimento do outro lado do Mediterrâneo, em países-chave como Níger, Egito, Turquia e Líbano, com o objetivo de processar pedidos de asilo e refúgio antes que os imigrantes alcancem a Europa. Ele acrescentou, ainda, que medidas para combater o contrabando de pessoas, ampliar as operações de resgate e assistência humanitária e redistribuir o fluxo migratório entre os países europeus serão propostas.
A Itália, que recebeu mais de 60% de todos os imigrantes que ingressaram na Europa, em 2014, está na linha de frente dos que defendem uma política comum aos 28 países-membros da União Europeia. França e Alemanha também são favoráveis. Já a Dinamarca, que tem uma legislação restrita sobre imigração, reprova a proposta. A Ministra da Justiça, Mette Frederiksen, disse ontem (13), em entrevista à imprensa, que o país não tem intenção de absorver parte do fluxo migratório europeu, e “quer dar sequência às suas próprias políticas de asilo e refúgio”. No ano passado, o país nórdico aceitou 14.815 pedidos de refúgio – cinco vezes menos do que os 80 mil processados pela Suécia.
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