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Presença feminina sempre foi destaque na comunicação pública em Alagoas

08/03/2015
Presença feminina sempre foi destaque na comunicação pública em Alagoas
A pioneira Odete Pacheco, radialista que quebrou tabu, transpôs barreiras e abriu caminho para que outras mulheres entrassem para o rádio; na sequência imagens marcantes da história da mulher e sua presença na radiofonia alagoana, na tv, especialmente nas empresas do IZP, até os dias atuais  (Fotos: Ascom IZP)

A pioneira Odete Pacheco, radialista que quebrou tabu, transpôs barreiras e abriu caminho para que outras mulheres entrassem para o rádio; na sequência imagens marcantes da história da mulher e sua presença na radiofonia alagoana, na tv, especialmente nas empresas do IZP, até os dias atuais
(Fotos: Ascom IZP)

    Desde que Alagoas saiu da zona de silêncio com a fundação da Rádio Difusora, que a mulher esteve sempre em evidência garantindo seu espaço nos veículos públicos de comunicação do Estado. E tudo começou com a radialista Odete Pacheco, grande dama e pioneira do rádio alagoano.
Odete Pacheco fez parte do elenco fundador da Difusora AM e foi a primeira radialista de Alagoas a realizar uma matéria jornalística sobre esporte. Comandou  ainda os programas de auditório “Onde Canta o Sabiá”, “Cantinho da Saudade” e o famoso “Rádio Variedades”.
Pensando nos dias atuais, uma mulher trabalhar como radialista não causa nenhum espanto. No entanto, em 1948, era um verdadeiro escândalo. A mulher que trabalhasse em rádio, circo ou teatro não era vista com bons olhos pela sociedade tradicional da época. Mas Odete Pacheco quebrou tabu, transpôs barreiras e abriu caminho para que outras mulheres se animassem a trabalhar no rádio.
Também na época dos primeiros anos da Rádio Difusora, outras mulheres conquistaram seu espaço nas radionovelas, apresentações musicais e shows de calouros, a exemplo das cantoras Kátia Lanuza, Neuza Moreno e Cláudia Maria; e das radioatrizes Eunice Pontes, Luza de Andrade, Iracema Feijó, Nilda Neves, Zezé de Almeida- “A estrelíssima”, que adotou o pseudônimo de Alda Maria, e também era cantora e exímia pianista; e Aydete Vianna, conhecida pelo pseudônimo de Silvia Loreni.
No final da década de 50, surgiu na Rádio Difusora outro grande nome, a radialista Floracy Cavalcante, consagrada Rainha do Rádio Alagoano. Dona de uma voz inconfundível e harmoniosa, Floracy alcançou grande sucesso e tornou-se uma das melhores apresentadoras, conquistando liderança absoluta e grande carinho do público ouvinte. A radialista também fez parte do quadro da Educativa FM onde ganhou o mesmo carinho e notoriedade conquistados no rádio AM.
Atualmente, as emissoras integrantes do Instituto Zumbi dos Palmares (Rádio Difusora AM, Educativa FM e TVE Alagoas) contam com uma grande presença feminina no seu quadro de funcionários, e à frente de bancadas e microfones.
Contemporâneas de Odete Pacheco e Floracy Cavalcante, as radialistas Tati Campos, Edna Conrado, Gizelle Codá e Alex Sandra Menezes encaram com grande competência a missão de representar a voz feminina na rádio oficial do Estado compondo o time de radialistas da Educativa FM.
A TV Educativa também conta em sua bancada com uma significativa presença feminina com as jornalistas Anete Carvalho, à frente do “Escola Viva”; Maria Maciel comandando o “Da Sua Conta”; Gal Monteiro apresenta “Vida de Artista”, com versão para rádio e TV, além de Márcia Mariah, que deu vida a personagem “Caralâmpia”, boneca sapeca que faz contação de estórias e dá lições de reciclagem para a criançada, também com versões para rádio e TV.
Além disso, o Instituto Zumbi dos Palmares deu ao seu Espaço Cultural o nome de outra grande dama da arte alagoana, a atriz Linda Mascarenhas.